Adversários apostam na TV para chegar ao 2º turno
Cotados como principais opositores da presidente Dilma Rousseff em 2014, Aécio Neves e Eduardo Campos já acreditam que haverá segundo turno, apesar de a queda na popularidade de Dilma estar muito próxima à margem de erro da pesquisa CNT/MDA, divulgada ontem; presidentes do PSDB e do PSB avaliam que números mais baixos se devem a suas propagandas partidárias na tevê, com críticas ao governo; ideia é manter a mesma estratégia
247 – A aposta de Aécio Neves e Eduardo Campos, cotados como principais adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014, é que suas propagandas partidárias levem a disputa à presidência para o segundo turno. Os presidentes do PSDB e do PSB, respectivamente, acreditam que seus discursos recentes na tevê e no rádio em horário nobre, com duras críticas ao governo e à política econômica de Dilma, foram fundamentais para sua queda de popularidade.
Tanto o senador tucano quanto o governador de Pernambuco já compartilharam com interlocutores que estão confiantes quanto à possibilidade de uma segunda volta na disputa do próximo ano. O otimismo se deve à queda de intenção de votos mostrada nas pesquisas Datafolha, que no último domingo revelou queda de oito pontos percentuais na aprovação do governo, e CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira, que apresentou queda muito próxima à margem de erro: 54,2% de aprovação.
Campos, apesar de não ter confirmado oficialmente sua candidatura e ainda se manter na base do governo, lembrou a auxiliares, como informa reportagem do Estadão, que em 2010 a presidente foi eleita no primeiro turno com 46,91% dos votos, mesmo com um PIB subindo a 7% e a altíssima popularidade do ex-presidente e padrinho político Lula. Para os dois adversários, o trio que desponta contra Dilma – além dos dois, a ex-ministra Marina Silva – é mais competitivo do que há três anos, com José Serra, pelo PSDB, e Marina, pelo PV.
Porta-vozes dos partidos dos dois possíveis candidatos da oposição não têm dúvidas de que Dilma não passará no primeiro turno. "De forma geral, nota-se queda do otimismo em relação a temas centrais como emprego, renda mensal, além de piora em temas como saúde, educação e segurança", disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). "Nós não temos mais dúvida de que haverá segundo turno", afirmou Rodrigo Rollemberg, senador pelo PSB-DF.
O desafio, no entanto, não será assim tão fácil. Dilma tem 54,2% de aprovação de seu governo, segundo o levantamento CNT/MDA. E venceria no primeiro turno com 52,8% dos votos, contra 17% de Aécio Neves. Marina Silva e Eduardo Campos são os próximos da lista na preferência do eleitorado, mas com percentuais ainda bem baixos: 12,5% e 3,7%, respectivamente. Em hipótese de segundo turno, a presidente também seria vitoriosa: contra o tucano, resultado seria de 58,8% x 22,5%, contra Marina, 59,7% x 20,4%, e contra Campos, 63,8% x 11,9%.
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