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Aécio, que escolheu a economia, foca na inflação

Pré-campanha do senador mineiro à indicação do seu nome como candidato à presidência pelo PSDB já havia escolhido a economia como assunto principal na crítica ao governo Dilma. Em seu artigo semanal na Folha, Aécio dá mais dicas: centrará fogo na alta da inflação. Vai dar certo?

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Minas 247 - Em seu artigo semanal na Folha de S. Paulo, que está servindo como um dos motes da sua pré-campanha pela indicação do seu nome como candidato da oposição em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) volta a atacar o governo Dilma Rousseff. Mais uma vez, demonstra que o foco das críticas será mesmo a economia. A novidade, agora, é que o ex-governador mineiro dá dicas de que pretende focar ainda mais, desta vez demonstrando insatisfação com a alta da inflação.

Eleitoralmente, não há dúvidas de que o tema traz simpatia geral. A inflação, de fato, traz mais prejuízo aos mais pobres, incapazes de aderir a proteções criadas pelo mercado e que estão disponíveis para as classes mais altas. A questão é saber se o efeito será o desejado, uma vez que ninguém joga sozinho nessa disputa.

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O governo Dilma e o PT poderão, por exemplo, lembrar que o índice de preços subiu mais no segundo mandato dos tucanos na presidência (entre 1999 e 2012) do que nos dois primeiros de Dilma. No caso do governo FHC, foram 8,94%, 5,97%, 7,67% e 12,53%; em 2011 e 2012, já com Dilma no Alvorada, ficou em 6,5% e 5,84%.

Aécio poderá jogar luz, porém, sobre a alta de produtos muito consumidos e sobre o fato de a inflação ter superado, com folga, a taxa de crescimento da economia. O assunto promete…

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Leia abaixo o novo artigo do senador mineiro na Folha de S. Paulo:

A face cruel da inflação

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O debate sobre os artifícios contábeis usados pelo Executivo federal no fechamento das suas contas de 2012 e os desdobramentos para a credibilidade do governo junto a investidores e a setores da sociedade diminuíram a atenção sobre a inflação registrada no país, divulgada na semana passada.

Os números medidos pelo IBGE confirmam mais um dado negativo da política econômica do governo ao mostrar que, pelo terceiro ano consecutivo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) superou o centro da meta de 4,5%, chegando a 5,8%.

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Cotejado com o desempenho medíocre ao longo do ano, que gerou um pibinho de 1%, esse resultado explicita uma situação preocupante de inflação em alta e de economia quase estagnada.

Os resultados de dezembro confirmaram o cenário de inflação elevada ao fechar o mês em 0,79% -o maior índice para o período desde 2004. Para 2013, à exceção dos prognósticos das autoridades econômicas, as previsões são de que o índice seguirá acima do centro da meta.

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É ruim para todos -para o país e para os brasileiros, sobretudo para os segmentos de renda mais baixa. A inflação é o mais perverso dos "impostos", uma vez que penaliza, sobretudo, os trabalhadores de menor poder aquisitivo, corroendo o seu poder de compra.

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) -que mede os gastos das famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos- fechou 2012 acima do IPCA, chegando a 6,2%.O Indicador de Preços ao Consumidor - Classe 1 medido pela FGV, que leva em conta a inflação das famílias de até 2,5 salários mínimos, chegou a 6,9%.

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São exatamente os segmentos da população que não têm como se defender da inflação e sentem mais intensamente o peso do aumento de serviços essenciais, como planos de saúde e alimentação, inclusive de produtos da cesta básica.

Segundo o INPC, os alimentos consumidos no domicílio ficaram 10,6% mais caros no ano passado. Em Belém (PA), o aumento chegou a 14,2%. Das regiões metropolitanas pesquisadas, a concentração dos índices acima da média nacional no Norte e no Nordeste é perversa.

Ao corroer o poder aquisitivo das famílias mais vulneráveis, a inflação restringe o acesso a produtos de primeira necessidade e subtrai também recursos que seriam usados na quitação dos empréstimos contraídos nos últimos anos de expansão do crédito, acelerando os riscos de inadimplência.

É alto o preço que o país está pagando pelas decisões que vêm sendo tomadas pelo governo e pelas que têm sido negligenciadas, como as reformas que deveriam ter sido implementadas. Bons governos administram, no presente, as bases do futuro.

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