Aeroporto de Goiânia volta às obras após seis anos
Governador Perillo, ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, e presidente da Infraero, Gustavo do Vale, assinaram ordem de serviço para retomada imediata das obras. Novas instalações serão construídas em duas etapas: a primeira terá 26 mil metros quadrados, com 12 posições de aeronaves (quatro com pontes de embarque e oito posições remotas), suficientes para suportar a demanda até o ano que vem. Segunda fase, a ser concluída em 2020, compreende uma ampliação de 15 mil metros quadrados do terminal de passageiros, que passará a contar com mais quatro pontes de embarque. Moreira Franco pediu perdão aos goianos pela paralisação das obras e elogiou o empenho de Perillo para resolver o problema
Goiás 247_ O governador Marconi Perillo participou, na manhã desta quarta-feira (18), da assinatura da ordem de serviço para retomada imediata das obras do terminal de passageiros do Aeroporto Santa Genoveva, em solenidade no aeroporto, com a presença do ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, e presidente da Infraero, Gustavo do Vale, além de senadores, deputados e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. A solenidade aconteceu no canteiro de obras, ao lado da BR-153, em frente à Ceasa.
O prazo para execução das obras é de 18 meses e o custo de aproximadamente R$ 251 milhões. A princípio, o consórcio Odebrecht/Via Engenharia retomará as obras do terminal de passageiros e, depois, deve enviar documento para avaliação do TCU do projeto de execução da área externa, que compreende a pista de taxiamento, o pátio de aeronaves e estacionamento de veículos do aeroporto. Esta segunda etapa deve ficar pronta em até doze meses.
Moreira Franco aproveitou a solenidade para, com humildade, se desculpar com a população goiana pela paralisação das obras que durou seis anos, e reconheceu o empenho do governador, da bancada de senadores e deputados goianos pela retomada das obras. “Acredito que nós todos devemos pedir desculpas à população de Goiás por uma obra paralisada durante seis anos sem perspectiva de retomada, uma obra que é fundamental para segurança, conforto, direito de ir e vir da população; algo que quando retomada tem que ser celebrada”, disse, durante coletiva à imprensa ao chegar ao local da assinatura da ordem de serviço.
Depois, durante discurso, relembrou os esforços desmedidos especialmente do governo do Estado. “Por parte do governador Marconi, secretários, da bancada goiana que esteve sempre unida e também do prefeito”, disse. O presidente da Infraero também fez discurso de reconhecimento do trabalho empreendido pelo Governo de Goiás e pelo governo federal durante o processo de retomada das obras. “Aqueles momentos me fizeram ver a importância de fazer com que esse aeroporto andasse, graças à presença do Estado, dos secretários, deputados, prefeito, todos imbuídos no espírito de fazer essa obra ser retomada”, ressaltou. “No início de 2015, estaremos entregando um aeroporto moderno, com mais de cem pontos comerciais, que vai atender à demanda existente para os próximos três a quatro anos”, acrescentou.
No final da solenidade, disse que a Infraero deverá lançar logo a licitação para construir a ampliação do aeroporto. “Estamos quase que no limite da demanda, graças ao crescimento econômico que Goiás tem obtido nos últimos anos”, ponderou o presidente, destacando que a retomada das obras gerará 1.300 empregos diretos.
O governador destacou que o reinício das obras é resultado da união de esforços e o fim de uma cobrança intensiva da qual eram alvos o governo do Estado e o governo federal. “Ontem tive a oportunidade de agradecer pessoalmente o empenho da presidente Dilma e nessa história toda houve um envolvimento muito grande da Infraero, do ministro Moreira Franco, dos deputados, dos senadores, do consórcio de empresas e, principalmente, do Tribunal de Contas da União (TCU). Sem o envolvimento de todos, não teríamos a possibilidade de retomar e, em um período curto, concluir essa obra tão importante para o presente e futuro do nosso Estado”, afirmou.
“Quando fui senador trabalhei muito para que isso acontecesse, e pude acompanhar muitos colegas senadores e deputados e o empenho pessoal do ministro Raimundo Carreiro (TCU). Agora, como governador, fui diversas vezes à Infraero, ao TCU, ao Comando do Exército, tive encontros com os empresários e participei de inúmeras reuniões para destravar a obra,” afirmou o governador.
Ele disse ainda que esse aeroporto chega em um momento muito importante da economia estadual. “Goiás é um dos estados que mais crescem no país, se transformou em um grande canteiro de obras federais, estaduais e municipais, e essa obra vai dar segurança para que possamos atrair novos investimentos, multiplicando o PIB, as exportações e empregos. Parabéns a todos que se envolveram de forma determinada, e agora nos sentimos vitoriosos”, finalizou Marconi.
Retomada foi autorizada em julho pelo TCU
A retomada das obras do terminal foi autorizada no final de julho, quando o Tribunal de Contas da União – TCU – publicou o acórdão 1823/2013, que liberava a continuidade dos serviços com base nos projetos executivo e orçamentário atualizados e complementados pelo Consórcio. As obras, sob a responsabilidade do Governo Federal, começaram em 2005 e foram paralisadas em 2007, quando o TCU detectou irregularidades na sua execução. O governador Marconi contabilizou mais de 50 idas aos órgãos responsáveis pelo destravamento da obra e realização do projeto executivo.
O Consórcio Odebrecht/Via Engenharia está responsável também pela atualização e complementação do projeto executivo e do orçamento da infraestrutura (pistas de taxiamento, pátio de aeronaves e estacionamento de veículos) do novo terminal. Esses documentos estão em elaboração e deverão ser enviados ao TCU para análise em dezembro deste ano, segundo informações da Infreaero. Caso sejam aprovados, essa infraestrutura também será executada pelo Consórcio Odebrecht/Via Engenharia e estará pronta junto com o terminal de passageiros.
As novas instalações do Aeroporto de Goiânia serão construídas em duas etapas: a primeira, autorizada pelo TCU e que ficará a cargo do consórcio, terá 26 mil metros quadrados, com 12 posições de aeronaves (quatro com pontes de embarque e oito posições remotas) suficientes para suportar a demanda até o ano que vem.
A segunda fase, a ser concluída em 2020, compreende uma ampliação de 15 mil metros quadrados do terminal de passageiros, que passará a contar com mais quatro pontes de embarque. Para esta segunda fase, a Infraero irá realizar um processo de licitação, uma vez que os projetos dessa etapa estão em elaboração pelo Consórcio, conforme acordo firmado em 2012.
Dados
O terminal terá um edifício principal, totalmente climatizado, com sistema geral de infraestrutura para prédios inteligentes, galeria, escadas rolantes, elevadores panorâmicos e quatro pontes de embarque. Será composto por quatro níveis principais: um subsolo, com 4.120 metros quadrados (área de serviço); térreo, com 12.270 metros quadrados (check-in e área de embarque); intermediário, com 1.600 metros quadrados (galeria técnica); superior, com 9.170 metros quadrados (praça de alimentação, lojas, embarque).
No subsolo do prédio serão instalados subestação elétrica, central de ar condicionado, depósitos e sistemas de infraestrutura. No térreo ficarão o check-in, com 29 balcões de atendimento, balcões de venda e reserva de passagens, saguão, desembarque e lojas comerciais e de atendimento ao turismo. O desembarque doméstico, no térreo, terá ainda uma sala de desembarque doméstico, com 1.384,35 metros quadrados, além de duas salas para administração da Infraero e para o Centro de Operações e afins.
