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      Agricultores do NE cobram pagamento de subsídios

      O pagamento da última parcela dos R$ 148 milhões em subvenções para os agricultores prejudicados pela seca, que perdura no Nordeste desde 2011 e é considerada  amais severa dos últimos 50 anos, pode não ser concluído neste fim de semana, apesar do prazo estipulado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), cerca de 30% dos 21 mil produtores prejudicados ainda não receberam o subsídio; O valor da última parcela é avaliado em cerca de R$ 53 milhões

      O pagamento da última parcela dos R$ 148 milhões em subvenções para os agricultores prejudicados pela seca, que perdura no Nordeste desde 2011 e é considerada  amais severa dos últimos 50 anos, pode não ser concluído neste fim de semana, apesar do prazo estipulado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), cerca de 30% dos 21 mil produtores prejudicados ainda não receberam o subsídio; O valor da última parcela é avaliado em cerca de R$ 53 milhões (Foto: Paulo Emílio)
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      Mariana Almeida, do Pernambuco 247 - O pagamento da última parcela dos R$ 148 milhões em subvenções para os agricultores prejudicados pela seca, que perdura no Nordeste desde 2011 e é considerada  amais severa dos últimos 50 anos, pode não ser concluído neste fim de semana, apesar do prazo estipulado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Cerca de 30% dos 21 mil produtores prejudicados ainda não receberam o subsídio em um sistema de pagamento classificado pelo presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Alexandre Andrade Lima, como “desorganizado e extremamente atrapalhado”. Segundo ele, o valor da última parcela é de R$ 53 milhões.

      De acordo com Lima, o formato de pagamento da Conab – que consiste na divulgação de uma listagem de nomes no site do órgão a cada novo pagamento – é altamente prejudicial aos agricultores. “O sistema deles é desorganizado, atrapalhado. O site da Conab é confuso, não dá para se orientar muito bem, principalmente para um agricultor que não tem muita instrução com computadores”, criticou. “Além disso, uma das listagens foi publicada depois do prazo de cinco dias, quando o dinheiro já tinha sido mandado de volta. Isso é um absurdo”, disparou Lima. Procurada pela reportagem, a Conab não atendeu ou retornou às ligações.

      Caso os agricultores beneficiados por meio de um Orçamento Bancário não retirem o dinheiro em um prazo de cinco dias, o valor é devolvido aos cofres públicos. Para tentar alertar os produtores, a Unida tem publicado as informações no próprio site, além de ligar para os canavieiros. “Estamos retirando as informações do site da Conab e publicando no nosso, além de ligar para os agricultores que temos o telefone. Só que produtor vive na roça, muitas vezes não tem nem telefone, nem computador”, declarou.

      Em maio de 2013, após uma visita à Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff (PT) prometeu o pagamento de R$ 12 por tonelada de cana prejudicada, com limite de 10 mil toneladas por produtor. A liberação do dinheiro, entretanto, só começou a ser efetuada no final de 2013, com R$ 53 milhões adiados para serem pagos apenas em 2014. Entretanto, segundo Lima, o valor pode não ser o bastante para ajudar todos os produtores que se inscreveram no programa. “Estamos esperando a Conab terminar de efetuar os pagamentos para termos uma ideia de quantos produtores, dentro desses 30% que ainda não receberam, ficarão sem a ajuda", afirmou.

      Nesta quarta-feira (15), uma reunião com representantes de órgãos do setor está programada para acontecer na sede da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco. Dentre os assuntos que serão tratados, está a preparação do cronograma de trabalho para 2014, a elaboração de documentos e o planejamento para se conseguir um novo financiamento para as dívidas agrícolas contraídas em 2013, uma vez que o último ano foi considerado como um dos ápices da estiagem na Região.

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