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Aids na África do Sul. Um círculo vicioso difícil de parar

Um estudo genético revela como se difunde o vírus nesse país, e por que é tão difícil para-lo. A recente Conferência da International Aids Society, realizada em Durban em julho último, lançou novas luzes sobre as características dessa epidemia global.

Um estudo genético revela como se difunde o vírus nesse país, e por que é tão difícil para-lo. A recente Conferência da International Aids Society, realizada em Durban em julho último, lançou novas luzes sobre as características dessa epidemia global. (Foto: Luis Pellegrini)
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Por: Luis Pellegrini

 

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A África do Sul, que acaba de hospedar a Conferência Internacional da Aids, é um dos países que mais dificuldade têm para controlar a difusão do vírus da Aids. Segundo estudo apresentado em Durban, sede do evento, na origem dessa dificuldade existe um fenômeno social bem enraizado, pelo qual moças jovens com frequência aceitam ter relações com homens mais velhos que, em troca, pagam os seus estudos, algumas refeições e outras despesas.

Pesquisadores do Centro Caprisa (sigla para Centre for the Aids Program of Research in South Africa) reconstruíram as dinâmicas do contágio analisando as características genéticas dos vírus que circulam no interno de uma pequena comunidade. Dessa pesquisa emergiu a conclusão que o principal ponto crítico são exatamente as relações sexuais entre homens adultos e mulheres jovens, muitas vezes ainda na adolescência. Contaminadas, essas moças, ao se casar, transmitem a infecção aos maridos e companheiros, que por sua vez irão contagiar novamente as moças com quem manterão relações temporárias. “Este é o motor que faz com que o HIV na África do Sul seja tão difundido”, comenta Salim Abdul Karim, chefe do grupo de estudos. Interromper esse círculo vicioso não será fácil, pois o que o alimenta é a pobreza endêmica na região.

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Medicina preventiva

Entre as possibilidades de solução, foi proposto oferecer às adolescentes fármacos que previnam a doença, já usados em outros países. Com efeito, embora os estudos não estejam todos de acordo quanto a eficácia dessa estratégia, a Organização Mundial da Saúde a aconselha para as categorias a risco, e em junho a África do Sul aprovou essa forma de profilaxia para quem se prostitui, mas não para todas as mulheres jovens.

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A Conferência Internacional sobre a Aids também se constituiu numa ocasião para várias discussões sobre os aspectos globais da epidemia. Segundo os últimos dados, publicados também pela revista científica Lancet, as pessoas que convivem com o vírus no mundo são cerca de 38,8 milhões (eram 27,9 milhões em 2005), e o número de mortos caiu de 1,8 milhões em 2005 para 1,2 milhões em 2015. Ainda hoje, mais da metade dos doentes não tem acesso às terapias antirretrovirais. Embora nos últimos anos tenha sido observada uma clara redução da transmissão entre mães e filhos, o número de novas infecções entre pessoas adultas caiu pouquíssimo, e permanece ao redor de 2,5 milhões por ano. 72% dos novos casos se verificam na África subsaariana, e cerca de 15,5% na Ásia meridional e oriental. Na Europa ocidental registram-se 0,5% das novas infecções (cerca de 13 mil por ano).

 

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