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    AL-BA debate 'genocídio da juventude negra'

    As comissões de Direitos Humanos e da Igualdade Racial da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) fizeram audiência conjunta nesta terça-feira para discutir 'a violência policial contra a juventude negra'; formulada pela Rede de Mulheres Negras da Bahia, uma carta aberta ao governador Rui Costa e à sociedade baiana foi apresentada com 10 indagações a respeito do 'extermínio da juventude negra no estado'; a Rede questionou também a morte de 13 jovens no Cabula, em Salvador, em operação das Rondas Especiais da Polícia Militar em fevereiro

    As comissões de Direitos Humanos e da Igualdade Racial da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) fizeram audiência conjunta nesta terça-feira para discutir 'a violência policial contra a juventude negra'; formulada pela Rede de Mulheres Negras da Bahia, uma carta aberta ao governador Rui Costa e à sociedade baiana foi apresentada com 10 indagações a respeito do 'extermínio da juventude negra no estado'; a Rede questionou também a morte de 13 jovens no Cabula, em Salvador, em operação das Rondas Especiais da Polícia Militar em fevereiro (Foto: Romulo Faro)

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    Bahia 247 - As comissões de Direitos Humanos e da Igualdade Racial da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) fizeram audiência conjunta nesta terça-feira (24) para discutir 'a violência policial contra a juventude negra'. O evento integrou a agenda de atividades alusivas ao Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, comemorado no último dia 21.

    Dados do Mapa da Violência apontam o homicídio como a principal causa de morte de jovens entre 15 e 24 anos no Brasil, e que a violência atinge especialmente jovens negros do sexo masculino, moradores de periferia e áreas metropolitanas dos centros urbanos.

    Pesquisa do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do DATASUS, revela que mais da metade dos 52.198 mortos por homicídio em 2011 no Brasil eram jovens. Dos 27.471 jovens assassinados no país, 71,74% eram negros e 93,3% do sexo masculino.

    Formulada pela Rede de Mulheres Negras da Bahia, uma carta aberta ao governador Rui Costa e à sociedade baiana foi apresentada com 10 indagações a respeito do 'extermínio da juventude negra no estado'. Articulada com 423 organizações de mulheres negras no território baiano, a Rede questionou também a morte de 13 jovens no Cabula, em Salvador, em operação das Rondas Especiais da Polícia Militar (Rondesp) em fevereiro passado.

    "Nós temos que trabalhar de forma determinada, porque é preciso que se esclareça à sociedade o que foi que aconteceu ali de fato, onde 12 jovens negros foram mortos. É uma realidade que nos incomoda, e que nós vamos dar conta, por que é preciso reverter de vez esse quadro, que não é um elemento recente, uma novidade da nossa sociedade", disse o deputado Marcelino Galo (PT) - falando ao microfone, que preside a Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública.

    "A sociedade brasileira se estruturou tendo a violência como elemento central, com o extermínio dos índios e a exploração escravagista dos negros, que permaneceu por 350 anos. Fomos o último país a abolir a escravidão. Nossas origens históricas estão ligadas a exploração dos pobres e essa cultura da violência segue impregnada ainda hoje na sociedade, com a exclusão e um verdadeiro genocídio contra a juventude, sobretudo a negra", criticou o parlamentar.

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