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      AL é o estado que mais reduziu investimentos

      Alagoas é o estado do Nordeste que mais reduziu os investimentos em 2015, seguido do Piauí (-76,7%), de Pernambuco (-77,6%) e do Maranhão; levantamento feito pela Folha, que teve com base dados extraídos dos balanços financeiros divulgados pelos governos, faz um comparativo entre os quatro primeiros meses do ano passado e deste ano; o atraso na aprovação do orçamento federal é uma das causas da escassez de recursos e da falta de investimentos; um dos programas afetados é o Minha Casa, Minha Vida, cuja terceira fase ainda não começou

      Alagoas é o estado do Nordeste que mais reduziu os investimentos em 2015, seguido do Piauí (-76,7%), de Pernambuco (-77,6%) e do Maranhão; levantamento feito pela Folha, que teve com base dados extraídos dos balanços financeiros divulgados pelos governos, faz um comparativo entre os quatro primeiros meses do ano passado e deste ano; o atraso na aprovação do orçamento federal é uma das causas da escassez de recursos e da falta de investimentos; um dos programas afetados é o Minha Casa, Minha Vida, cuja terceira fase ainda não começou (Foto: Voney Malta)
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      Alagoas247 - A crise financeira e a queda na arrecadação vivenciadas neste ano de 2015 no país tem afetado diretamente os investimentos feitos pelos estados em diversas áreas. Um levantamento publicado pela Folha nesta segunda-feira (15) aponta que, em Alagoas, a redução dos recursos destinados a obras chega a 77,9%. Há unidades federativas em que a diminuição dos investimentos é quase total, como é o caso de Minas Gerais, que chegou a 97,3%.

      O levantamento faz um comparativo entre os quatro primeiros meses dos anos de 2014 e 2015. No ano passado, foram gastos em Alagoas um total de R$ 181 milhões em obras públicas, aquisição de equipamentos ou instalações permanentes. Este ano, o montante foi de R$ 40,1 milhões. 

      Com esses dados, Alagoas se configura como o estado do Nordeste que mais reduziu os investimentos em 2015, seguido do Piauí (-76,7%), de Pernambuco (-77,6%) e do Maranhão. Dois estados da região apresentaram percentual positivo nesse período: Bahia (45,3%) e Rio Grande do Norte (8,1%). Além deles, só outro teve um aumento dos investimentos, o Pará, com 8,2%.

      De acordo com o economista Cícero Péricles, o atraso na aprovação do orçamento federal é uma das causas da escassez de recursos e da falta de investimentos no Estado. Uma dos programas afetados é o Minha Casa, Minha Vida, cuja terceira fase ainda não começou.

      “Essa queda nos investimentos em Alagoas tem particularidades em relação aos demais estados. Primeira explicação é a de que a eleição presidencial do ano passado foi seguida de uma conjuntura desfavorável para as contas públicas nacionais, com mudança na equipe gestora no Ministério da Fazenda que, no primeiro momento, propôs cortes nos investimentos. Para complicar, o orçamento federal de 2015 somente foi aprovado em março, com três meses de atraso, provocando a retenção ou liberação em ritmo lento dos muitos recursos destinados a Alagoas, alguns deles de obras em andamento, como Canal do Sertão, ou mesmo de novos projetos de infraestrutura. Sem esses recursos federais, fica difícil para os estados pobres realizarem investimentos”, afirma o especialista.

      Aprovação tardia do orçamento

      O atraso na aprovação do orçamento estadual e as denúncias feitas pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) no início da gestão, dando conta de que o governo havia estourado a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e deixado dívidas a serem pagas pela nova administração, também seriam justificativas para a falta de recursos. 

      “Como acontece a todo início de mandato, o governador e sua equipe ficam cautelosos quanto aos gastos com investimentos. Com um cenário econômico nacional difícil, com uma expectativa receita menor e despesas altas, sofrendo ainda as pressões das demandas do funcionalismo estadual, ficou impossível para o governo do Estado realizar investimentos. Nestas condições, prevalecem as necessidades consideradas prioritárias, como o pagamento da folha de pessoal e as relativas ao custeio, com a manutenção do funcionamento da máquina pública”, fala. 

      Boas expectativas 

      Para o segundo semestre de 2015, a expectativa é que a situação atual seja revertida. Segundo Cícero Péricles, isso deve acontecer diante da agilização na liberação de recursos orçamentários já aprovados, como, por exemplo, a recente chegada de R$ 130 milhões para o Canal do Sertão. “Além disso, também há os investimentos a serem realizados pelo governo federal no âmbito do PAC que, em Alagoas, possui 1.231 obras em andamento ou projetos a serem iniciados sob a égide deste programa”, pontua. 

      De acordo com a Folha, os dados foram extraídos dos balanços financeiros divulgados pelos governos.

      Com gazetaweb.com

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