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Alckmin citou o papa e falou em diálogo, mas barrou jornalista

Na coletiva de imprensa em que anunciou o recuo na trapalhada educacional da proposta de reorganização da rede estadual de ensino, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) enfatizou a abertura do diálogo com os estudantes e invocou até uma fala do Papa Francisco; entretanto, enquanto falava em diálogo, a equipe de seguranças de Alckmin barrou a entrada na coletiva da jornalista Laura Capriglione, do Jornalistas Livres; "Esta é uma clara demonstração de que o governador Geraldo Alckmin não aceita o diálogo, tem conflitos com o livre exercício da imprensa, com a liberdade de expressão e de manifestação", afirmou a jornalista; confira relato na íntegra

Na coletiva de imprensa em que anunciou o recuo na trapalhada educacional da proposta de reorganização da rede estadual de ensino, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) enfatizou a abertura do diálogo com os estudantes e invocou até uma fala do Papa Francisco; entretanto, enquanto falava em diálogo, a equipe de seguranças de Alckmin barrou a entrada na coletiva da jornalista Laura Capriglione, do Jornalistas Livres; "Esta é uma clara demonstração de que o governador Geraldo Alckmin não aceita o diálogo, tem conflitos com o livre exercício da imprensa, com a liberdade de expressão e de manifestação", afirmou a jornalista; confira relato na íntegra (Foto: Aquiles Lins)
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SP 247 - Na coletiva de imprensa em que anunciou o recuo na trapalhada educacional da proposta de reorganização da rede estadual de ensino, que previa fechamento de 93 escolas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) enfatizou a abertura do diálogo com os estudantes. Invocou até uma fala do Papa Francisco (leia aqui). 

Enquanto falava em diálogo, a equipe de seguranças de Alckmin barrou a entrada na coletiva da jornalista Laura Capriglione, do Jornalistas Livres. Confira o relato dela sobre o episódio:

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Segurança de Alckmin impede entrada de jornalista em coletiva sobre escolas

por Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres

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Hoje (4/12) me dirigi no início da tarde ao Palácio do Governo com o objetivo de cobrir a entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes.

Lá chegando, fui encaminhada pela portaria principal do palácio até o auditório onde a coletiva aconteceu. Porém, fui parada na entrada por uma segurança, que logo pediu o meu crachá de Jornalista Livre, que eu levava pendurado no pescoço. Ela telefonou para um número, dizendo que eu estava na porta.

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Como eu já havia conversado com outros repórteres e eles me disseram ter passado pela segurança sem que a eles tenha sido pedido credencial ou crachá, imediatamente liguei a câmera do meu celular e comecei a filmar. Foi a tempo de ouvi-la transmitindo-me a ordem: que eu aguardasse fora.

la logo pediu "ajuda" a um tal de "Tiago", que estava na entrada da rampa de acesso. Pedi esclarecimentos à segurança sobre o por que de eu estar sendo barrada e achei que essa atitude poderia ser uma retaliação contra a publicação, pelos Jornalistas Livres, do áudio da reunião em que a Secretaria da Educação anunciava a "guerra" contra os estudantes, no dia 29/12.

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A mulher ficou muda. Então, me dirigi aos outros seguranças, pedindo-lhes o mesmo esclarecimento. Em vez disso, um deles agarrou minha mão que segurava o celular, dizendo que eu não poderia filmá-lo e ficou apertando-a fortemente, machucando-me e intimidando-me e ameaçando quebrar o aparelho. Enquanto isso, o sujeito apertava a tecla para desligar o celular. Fiquei imobilizada nessa posição até que ele ficou seguro de haver desligado o aparelho antes que eu pudesse finalizar o vídeo.

O segurança julgou que, desse modo, conseguira corromper o vídeo de modo a que não pudéssemos mostrar a truculência e a censura de que havíamos sido vítimas. Mas nós conseguimos, utilizando um programa de reparação de vídeo, vendido por 21 dólares na rede (assista aqui).

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Esta é uma clara demonstração de que o governador Geraldo Alckmin não aceita o diálogo, tem conflitos com o livre exercício da imprensa, com a liberdade de expressão e de manifestação.

Diante de tais fatos, só nos resta repetir o grito que nos últimos dias foi repetido pelas ruas: "Não Tem Arrego!"

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