Alckmin manda investigar coordenador de prisões paulistas
Governador determinou que as corregedorias do Estado de São Paulo e da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) investiguem o coordenador dos presídios, Hugo Berni Neto, suspeito de enriquecimento ilícito; "Se ficar comprovado, ele responde criminalmente, vai ser preso, responde civilmente e vai devolver o dinheiro. É isso que tem que fazer", disse Geraldo Alckmin (PSDB)
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SP 247 - As corregedorias do Estado de São Paulo e da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) estão investigando o coordenador dos presídios da Grande SP, Hugo Berni Neto, suspeito de enriquecimento ilícito. "Se ficar comprovado que houve qualquer desvio, é punição exemplar. Serviço público, o nome já diz, é para servir as pessoas, não é para enriquecimento pessoal", disse o governador Geraldo Alckmin.
Alckmin também disse ter solicitado uma avaliação ao secretário de Governo, Saulo de Castro, sobre a possiblidade do afastamento de Berni Neto das suas funções. "Já pedi ao dr. Saulo que verifique, já está chamando o secretário da Administração Penitenciária [Lourival Gomes] para verificar a maneira de fazer." Se ficar comprovado, ele responde criminalmente, vai ser preso, responde civilmente e vai devolver o dinheiro. É isso que tem que fazer", disse em seguida.
Berni Neto é responsável pela administração de 28 unidades prisionais em todo o Estado e recebe um salário de R$ 18 mil como coordenador dos presídios paulistas. Dentre outras atribuições, ele também é responsável pelas licitações da SAP. Ele está na função desde 2006. Há cerca de dois anos ele se associou à irmã em uma pequena empresa imobiliária, a Midas Empreendimentos.
Além das suspeitas sobre a imobiliária, Berni Neto também está sendo investigado pela Promotoria do Patrimônio em razão da suspeita de superfaturamento em uma licitação da SAP que foi autorizada pelo coordenador da secretaria.
Em sua defesa, ele alega que a atuação da Midas Empreendimentos Imobiliários não possui relação alguma com o trabalho que desenvolve na SAP. O crescimento do patrimônio, segundo ele, é explicado pelo remanejamento de recursos de outras empresas da família. Berni Neto também nega a existência de irregularidades nas licitações feitas pela SAP.
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