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Aleitamento materno. Bom para a saúde do bebê e da mãe

Amamentar no peito é benéfico para a saúde da criança e da mãe. Seis meses é o período mínimo recomendado, sobretudo nos países mais pobres

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Por Anne Prigent – Le Figaro Santé

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Para promover o aleitamento materno,  o milionário Michaël Bloomberg, três vezes prefeito de Nova York, decidiu tomar medidas drásticas. Em maternidades associadas ao seu projeto social, as mamadeiras com fórmulas infantis passaram a ser fornecidas às mães apenas com receita médica. E, nessas maternidades, as amostras de leite em pó agora permanecem trancadas, bem como todos os  medicamentos tóxicos…

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Será necessário tomar decisões tão extremas para encorajar mais mulheres a amamentar seus filhos? Certamente, não. Mas esta política enérgica também lembra uma realidade que o mundo moderno tende a deixar de lado: o aleitamento materno é benéfico para a saúde da criança e da mãe.

Seis meses recomendados nos países mais pobres

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Na França e em quase todo o resto da Europa, cerca de 65 % das mães continuam  amamentando ao ter alta da maternidade. Mas sete em cada dez param assim que retornam ao trabalho. Ou seja, dois meses e meio após o nascimento da criança. Muito antes, portanto, dos seis meses recomendados pela Organização Mundial da Saúde. Como o próprio nome sugere, «a OMS é uma organização que leva a saúde mundial em consideração. Suas recomendações são principalmente destinadas aos países menos desenvolvidos», adverte o Prof. Jean Pierre Chouraqui, pediatra no Hospital Universitário de Grenoble.

Nos países mais pobres, a amamentação permite reduzir significativamente a mortalidade infantil por infecções. Na França, o estado de saúde dos recém-nascidos não exige as mesmas precauções, mas os benefícios reconhecidos do leite materno para a saúde futura da criança são muitos, e tanto maiores quanto maior for o tempo dedicado à sua amamentação. É por isso que os pediatras insistem sobre a necessidade de continuar a amamentação até pelo menos três meses.

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Benéfico para a criança, e para a mãe

Em um relatório publicado em 2009, a Academia de Medicina da França lembrou que a amamentação evita, a curto e longo prazo, as diarreias, as otites agudas ou ainda, as infecções respiratórias graves. A Academia salienta também que a amamentação é benéfica para o desenvolvimento sensorial e intelectual dos lactentes, reduz o risco de eczema a curto e longo prazo. Além disso, ela previne riscos posteriores de obesidade, de certos tipos de diabete e de doenças cardiovasculares em adultos.

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Amamentar o filho também traz benefícios para a mãe, salienta a Academia de Medicina: a perda de peso e a diminuição da gordura corporal é mais rápida nos seis primeiros meses após o parto. A longo prazo, a amamentação reduziria o risco do câncer de mama e do ovário. Outra vantagem: amamentar seu filho não custa nada. «O que, em período de crise econômica, não é coisa desprezível », diz Jean Pierre Chouraqui. Os custos adicionais ligados à alimentação com leite artificial é de fato estimado em 500 euros para um lactente, nos seis primeiros meses.

Devemos respeitar suas escolhas

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Para os profissionais da saúde, os benefícios do leite materno não são mais discutidos. Mas também não é o caso de culpar as mulheres que fazem uma outra escolha ou param rapidamente. «Cabe às mulheres decidirem se elas amamentam ou não. Devemos respeitar suas escolhas », insiste Dominique Turck. Especialmente quando a amamentação não é realmente desejada pela mãe, isso pode dar errado.

Para Jean-Pierre Chouraqui, trata-se de uma escolha pessoal consciente, tomada «após informações por profissionais da saúde sobre os efeitos benéficos do aleitamento». «É importante abordar a questão da escolha nos primeiros meses de gravidez», acrescenta Marianne Truong, vice-presidente da Ordem das Parteiras. Os pais devem ter o tempo para fazer as perguntas que os atormentam, e de discuti-las para poder decidir com melhor conhecimento de causa.

Estender a licença maternidade?

Em seguida, é necessário acompanhar a mãe, especialmente quando se trata  do primeiro bebê. «As mulheres que estão amamentando precisam de ajuda porque isso não é tão simples, diz Marianne Truong. O período mais crítico é o da subida do leite em torno do terceiro dia, um momento em que a mãe sente o cansaço do parto.» Se ninguém ajudá-la neste momento crítico, ela pode desistir.

Em seguida, vem o momento da retomada do trabalho que muitas vezes, resulta na interrupção da amamentação. No entanto, de acordo com uma pesquisa realizada pelo BVA em 2009, 58 % das mulheres que trabalham e tiveram filhos afirmam que teriam amamentado por mais tempo se a licença maternidade tivesse sido mais longa. 

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