Aleluia: Ocupação do MPL à Câmara "é molecagem"

Bahia 247

A ocupação do grupo de 20 manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) à Câmara Municipal desde o último dia 22 já começa a causar desgaste com o poder público. Na sessão de ontem, por exemplo, após duas semanas sem atividade no Legislativo, o grupo provocava os vereadores cantarolando 'se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão'.

Para o secretário de Urbanismo e Transporte do Município, José Carlos Aleluia, os atos dos manifestantes instalados na Câmara são "molecagem". Ele afirma que a ocupação é reflexo da ação de militantes partidários no movimento.

"Quem está lá não é o povo que foi pra rua. Quem está lá não tem respeito pelo povo e pela cidade, são pessoas ligadas a movimento político, a intenção é só fazer molecagem", disse o secretário em entrevista à Rádio Sociedade.

Aleluia lembrou que o prefeito ACM Neto (DEM) se colocou á disposição do MPL para convesar sobre a pauta de reivindicações há um mês. Contudo, no dia da reunião, houve muito tumulto e gritaria na frente da Prefeitura e os manifestantes não conseguiram identificar seus representantes para conversar com o prefeito.

"O movimento é político partidário. Não tem o menor respeito pela cidade e pela Câmara. Não devemos dar atenção a esse pessoal e levá-los a sério", afirmou o secretário.

Os manifestantes instalados na Câmara Municipal afirmam que só deixarão o local depois que a tarifa dos ônibus coletivos for reduzida dos atuais R$ 2,80 para R$ 2,50 e de a Prefeitura decretar passe livre para todos os estudantes da capital. ACM afirma que não há condição de atender ao pleito.

Nesta sexta-feira o governador Jaques Wagner (PT) recebe o MPL na Governadoria também para ouvir as reivindicações.