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      Alvo da "faxina", PR anuncia apoio a José Serra em São Paulo (Duplicate)

      Depois de recusar o posto de vice de Haddad, partido estremecido com Dilma desde as demissões no Ministério dos Transportes passa para o lado dos tucanos

      Alvo da "faxina", PR anuncia apoio a José Serra em São Paulo (Duplicate) (Foto: Karime Xavier/ Folhapress)

      247 – Em 2010, o PR fez campanha para a presidente Dilma Rousseff e apoiou o PT em São Paulo. Em 2012, o partido ameaça passar para a oposição no Planalto e concede à José Serra, do PSDB , cerca de um minuto e meio na propaganda eleitoral. Estremecida com o governo desde as demissões Ministério dos Transportes no ano passado, sigla ignora cargo de vice proposto por Fernando Haddad e anuncia apoio aos tucanos em São Paulo. Leia na matéria da Folha:

      Alvo do expurgo feito pela presidente Dilma Rousseff no Ministério dos Transportes no ano passado, o PR formalizou ontem o apoio à candidatura de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano.

      A aliança impõe uma derrota significativa ao PT, que ainda não assegurou o apoio de nenhum partido para a candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad e queria o PR a seu lado.

      O apoio do partido dará a Serra cerca de um minuto e meio na propaganda eleitoral, garantindo aos tucanos um bloco de tempo maior do que o de Haddad, que Serra vê como principal adversário.

      Com o apoio de DEM, PV, PSD, PR e PP, que anunciará a aliança ao PSDB na semana que vem, o tucano terá cerca de oito minutos no horário eleitoral gratuito.

      Em 2010, o PR fez campanha para a presidente Dilma Rousseff e apoiou o PT em São Paulo, elegendo como suplente da senadora Marta Suplicy (PT-SP) o vereador Antonio Carlos Rodrigues.

      As relações com os petistas azedaram depois que o partido virou o principal alvo da faxina promovida por Dilma no ano passado, quando a cúpula do Ministério dos Transportes foi afastada.

      O senador Alfredo Nascimento (PR-AM), demitido do cargo de ministro por Dilma, foi um dos principais entusiastas da aliança com Serra nas conversas com o PSDB.

      Para negociar com o partido, ele escalou o deputado Valdemar Costa Neto, que manda no PR paulista e é réu na ação do mensalão, que deve ser julgada neste ano.

      Do lado tucano, os responsáveis pelos contatos foram o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), principal articulador de Serra, e o prefeito Gilberto Kassab (PSD).

      Serra e o governador Geraldo Alckmin prometeram que, se o tucano vencer a eleição, dará "espaço" ao PR na administração municipal. Kassab ofereceu uma vaga no Tribunal de Contas do Município para Antonio Carlos Rodrigues em troca do apoio.

      Alckmin prometeu apoio a candidatos do PR na região de Mogi das Cruzes, reduto de Costa Neto, e recursos para projetos do único deputado estadual da sigla em São Paulo, André do Prado.

      O apoio a Serra foi oficializado em cerimônia de menos de 30 minutos, com Nascimento, Alckmin e Kassab. Costa Neto não apareceu. Alckmin saiu antes do fim.

      Nascimento negou ter se aliado aos tucanos para penalizar o PT por causa de mágoa. "Não tenho ressentimento", disse. "A política é assim. Dinâmica."

      Serra minimizou os efeitos negativos que o apoio poderá ter. "Estamos fazendo aliança com partido, não com pessoas", afirmou. "Se for proibido para partidos que têm pessoas que estão no processo [do mensalão], o PT não poderia nem disputar."

      Coube ao deputado Tiririca (PR-SP) comemorar. "Política é assim. A gente já aprendeu como funciona", disse. Ele afirmou que poderá pedir votos para Serra de porta em porta. "Ele já é o argumento em pessoa, é só correr para o abraço."

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