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Amor e neurônios. Os circuitos do desejo do cérebro

Uma equipe de neurocientistas suíços decifrou o que acontece quando surge uma falta de desejo sexual nas mulheres.

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Por Damien Mascret – Le Figaro

 

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Não se deve necessariamente culpar o parceiro quando uma mulher estiver sofrendo de uma falta de desejo sexual: isso pode indicar uma disfunção de alguns circuitos neurais. É o que acabam de demonstrar Francesco Bianchi-Demicheli e seus colegas da Universidade de Genebra. Eles submeteram cerca de trinta mulheres, metade das quais sofria de uma falta de desejo, à ressonância magnética funcional (imagiologia do cérebro em ação).

Ao mesmo tempo, os pesquisadores divulgaram imagens eróticas ou neutras para ver o que estava acontecendo. Eles perceberam então que mulheres com a libido a “meio mastro” tinham uma ativação muito mais fraca das áreas profundas do cérebro, normalmente envolvidas em emoções, como se tivessem mais dificuldades para associar imagens eróticas a lembranças agradáveis. Neste caso, a solução proposta por sexólogos foi a de pedir aos seus pacientes que se recordassem das lembranças agradáveis de sua vida sexual pregressa para revitalizar estes circuitos neurais na direção certa.

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Pesquisadores céticos

Esses resultados estão em linha com os do psiquiatra e pesquisador francês Serge Stoleru. Desde 1999, sua equipe havia mostrado, através de outra técnica de imagiologia cerebral, o Pet-Scan, uma desvalorização de estímulos sexuais em mulheres com falta de libido «em relação com uma ativação exagerada do córtex ventromedial».  Em outras palavras, nestas mulheres, havia uma  chance bem menor de que achassem que uma estimulação fosse excitante do que outras mulheres julgavam erótico.

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Mas havia um outro resultado que tinha deixado os pesquisadores céticos. De fato, se observou um aumento do fluxo sanguíneo cerebral em algumas áreas. O pressuposto foi que: «na ausência de estimulação sexual, certas regiões do cérebro exercem um controle inibidor tônico, ou seja, de forma contínua, na excitação sexual; e para que apareça uma excitação sexual, o levantamento de tal inibição é necessário ». Como se um «freio de mão » estivesse puxado o tempo todo e que ele se soltasse somente quando a situação, ou o contexto o permitisse.

Desta vez, o trabalho da equipe de Genebra ainda vai mais longe, uma vez que ele estabelece uma rede cortical cujo condutor, o lobo parietal inferior, parece se ativar muito (em excesso) no caso de falta de desejo. Assim, as regiões cerebrais envolvidas nas funções cognitivas superiores, tais como a imagem do corpo, os pensamentos sociais, estariam excessivamente presentes em comparação com as mulheres sem problemas de libido. Mais uma vez, a neurociência adere ao modelo de desejo perturbado por considerações que não estão diretamente ligadas com a qualidade do parceiro, mas ao fato, por exemplo, de estarem focadas em seus complexos, seus defeitos físicos ou outras preocupações no sentido mais amplo.

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No entanto, Bianchi-Demicheli relativiza estes trabalhos: «Seria preciso fazer estudos com base em estímulos auditivos, pois em muitas mulheres eles estão associados a níveis elevados de excitação.»

 

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