Amorim ao 247: "fiz sim autocrítica à campanha"

Sergipe 247 - O senador Eduardo Amorim (PSC) enviou nota ao 247 rebatendo análise feita pelo jornalista Valter Lima, editor da página, que comentou as posições tomadas pelo parlamentar após a derrota no último pleito eleitoral. "Para o senador, alheio à autocrítica, a culpa pela sua derrota não foi dele próprio, de aliados, do fraco programa eleitoral ou das incipientes propostas de campanha. Para Amorim, o culpado foi o eleitor, que não soube refletir. Pode isso?", questionou o jornalista (aqui o texto). 

Em resposta, Amorim disse que fez sim autocrítica de sua campanha e reconheceu falhas cometidas pelo seu agrupamento. "Não sei de que maneira você faz uma análise, extraindo, propositalmente ou não, apenas um trecho da minha fala afirmando que não fiz autocrítica. Fiz sim uma autocrítica à nossa maneira de comunicar como um todo com a população durante as eleições. E repito, se não vencemos as eleições, foi por que uma parcela da população não quis", afirmou.

Com relação ao Governo do Estado, o senador reafirma suas críticas ao grupo que administra o Estado. "Você diz que nossas declarações apontam para um suposto caos em Sergipe. Essa avaliação pode ser feita no dia a dia quando a realidade vivida pelas pessoas é diferente de tudo que o governo propaga. O atual governo não consegue pagar os salários dos servidores em dia, não paga os prestadores de serviços, as obras estão paradas, a Saúde é um caos, a Educação é uma das piores do Nordeste, a Segurança Pública apresenta índices alarmantes de violência contra a população. Eu não invento isso. Ou será que o pagamento dos servidores saiu no dia 31 de outubro? Ou as obras estão a todo vapor? Onde foi parar o dinheiro do Proinveste? O Ministério da Justiça e o da Educação mentem quando mostram os piores índices para Sergipe? A Saúde está boa? É difícil encontrar qualquer tipo de avanço em Sergipe", ressaltou.

Abaixo a nota na íntegra:

Logo após o final das eleições, ainda no dia 5 de outubro, concedi uma entrevista coletiva onde falei sobre o resultado das urnas. Reconheci que nos faltaram votos e falhamos em alguns pontos na maneira de transmitir nossas ideias para os eleitores.

Não sei de que maneira você faz uma análise, extraindo, propositalmente ou não, apenas um trecho da minha fala afirmando que não fiz autocrítica. Fiz sim uma autocrítica à nossa maneira de comunicar como um todo com a população durante as eleições.

E repito, se não vencemos as eleições, foi por que uma parcela da população não quis. Com relação ao Governo do Estado, você diz que nossas declarações apontam para um suposto caos em Sergipe. Essa avaliação pode ser feita no dia a dia quando a realidade vivida pelas pessoas é diferente de tudo que o governo propaga.

O atual governo não consegue pagar os salários dos servidores em dia, não paga os prestadores de serviços, as obras estão paradas, a Saúde é um caos, a Educação é uma das piores do Nordeste, a Segurança Pública apresenta índices alarmantes de violência contra a população.

Eu não invento isso. Ou será que o pagamento dos servidores saiu no dia 31 de outubro? Ou as obras estão a todo vapor? Onde foi parar o dinheiro do Proinveste? O Ministério da Justiça e o da Educação mentem quando mostram os piores índices para Sergipe? A Saúde está boa? É difícil encontrar qualquer tipo de avanço em Sergipe.

Com relação ao meu posicionamento, fiz uma campanha baseada em princípios e valores éticos, norteados na humildade. Respeitei o adversário e não fiz ataques pessoais nem a ele e nem aos familiares dele. Logo, não fui raivoso.

Além disso, apresentamos ao TRE e à população várias propostas em todas as esferas estaduais, além de parcerias com os governos federais e municipais na Assistência Social, Segurança, Saúde, geração de emprego e renda, Educação e outros. Fizemos uma campanha propositiva, sim.

Para finalizar, o povo de Sergipe me fez senador e hoje estamos na oposição ao Governo do Estado. Mesmo depois do resultado nas últimas eleições, devemos cobrar e fiscalizar que o governo trabalhe para o bem-estar da população. Afinal, este é o nosso papel enquanto oposição.

Eduardo Amorim
Senador da República por Sergipe