Ana Lúcia: 'Jackson precisa ler o Diário Oficial'

247 - A deputada Ana Lúcia (PT) respondeu nesta sexta-feira (29) à crítica do governador Jackson Barreto (PMDB), que sugeriu que ela estaria delirando quando afirmou que havia irregularidades na Secretaria de Educação na gestão de R$ 85 milhões de recursos do Fundeb e MDE. Para ela, “JB precisa entender que é a autoridade máxima do Estado”

“É uma questão que está no Diário Oficial. Ele como governador precisa ler o Diário Oficial. Acho que Jackson como governador precisa ter mais cuidado para não estar adjetivando”, disse.

Segundo a parlamentar, qualquer cidadão que ler o Diário Oficial do Estado, meses de janeiro e fevereiro, deste ano, e pegar o relatório das duas secretarias atesta a veracidade do que ela colocou. “A Secretaria de Educação não provou nada. Disse que é uma diferença contábil. Coloquei na tribuna (da Assembleia Legislativa) porque é uma diferença substantiva. É um grande erro publicado no Diário Oficial”, repisou.

Algemas

A petista também reagiu à declaração irônica do governador sobre as algemas usadas pelos professores em protesto. JB sugeriu que eles doassem o equipamento à polícia após os protestos. “Mostra a fragilidade da Segurança Pública. Um governador dizendo que precisa de algema. Espero que ele entenda que é a autoridade máxima do Estado. Estamos passando por uma fase extremamente difícil na Educação e na Segurança – e tem tudo a ver, porque quando você não educa um povo, não eleva a instrução deste povo, vamos viver o que já começamos a viver: uma sociedade extremamente violenta”, disse. “O governador está com uma linguagem muito patronal”, completou.

“Delírio”

Na entrevista que concedeu ontem (leia aqui), Jackson afirmou que é “um delírio da nossa querida deputada Ana Lúcia” a denúncia de suposta irregularidade na execução orçamentária da Secretaria da Educação. “Isso nunca existiu, a denúncia é vazia, para ver se com isso sensibiliza alguns setores da sociedade. É uma invenção para o momento”, rebateu JB, que apelou ainda pelo fim da paralisação dos professores, que completará duas semanas nesta segunda-feira (1º).