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Ao 247, Patrus diz que aceita ser vice de Lacerda, mas…

Ex-prefeito de BH e ex-ministro do Desenvolvimento Social até admite entrar na chapa pela reeleição de Marcio Lacerda, se isso ajudar o PT, que vive “o pior momento em sua história na capital”; se for um nome de consenso, sem prévias; e se não precisar fazer campanha pelo posto: “Estou muito bem na minha militância social dentro do partido”

Ao 247, Patrus diz que aceita ser vice de Lacerda, mas… (Foto: Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)
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Minas 247 - Se o PT topar, e se o prefeito Marcio Lacerda também aceitar, uma mudança significativa no jogo pela sucessão municipal em Belo Horizonte pode ocorrer nos próximos dias: a entrada em cena do ex-prefeito da capital (1993-1996) e ex-ministro do Desenvolvimento Social (governo Lula) Patrus Ananias. Em entrevista ao 247, Patrus admite aceitar o posto de candidato a vice-prefeito na chapa pela reeleição de Lacerda. Mas impôs uma série de condições.

Pessoalmente, o petista garante que não estaria inclinado a aceitar. “Se consultar minha família, meus amigos mais próximos, todos dirão para eu não aceitar um novo desafio em cargo político”, afirma. “E se for consultar a mim mesmo, também não desejo, pois estou bem no campo profissional (Patrus trabalha como funcionário público concursado na Assembleia Legislativa e é professor universitário), no campo familiar e na minha militância diária dentro do PT, mas sem cargo.”

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Mas ele consente em entrar na disputa, ao lado de Lacerda, se perceber que seria um nome que ajudasse o partido a superar o atual momento. “É o pior da história do PT na capital”, diz Patrus. “O PT sempre teve disputas internas democráticas, mas elas se tornaram muito desgastantes nos últimos anos, e o partido se distanciou muito dos movimentos sociais e culturais.” Nesse sentido, o ex-ministro de Lula não aceitaria disputar o posto de candidato a vice: “Não seria coerente, tenho mais de 30 anos de militância no partido, não gostaria de ter meu nome colocado em uma disputa interna”. Até por isso, também garante que não fará articulações. “Tenho, claro, meus interlocutores no PT, mas não postulo cargo e não farei campanha por isso.”

Até porque ele sabe que mesmo seu nome, apesar da aprovação popular (Patrus deixou a PBH com bons índices de aprovação e conseguiu mais de 520 mil votos para deputado federal em 2002), enfrentaria resistências. No PT, elas poderiam ser superadas, apesar de o ex-ministro responsável pelo Bolsa Família não ter maioria interna. Mas seu nome, pelos cargos que já ocupou, poderia sobrepor-se aos maiores obstáculos: o grupo ligado ao atual vice-prefeito Roberto Carvalho e o ligado ao atual ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel. Este último, entretanto, teria dificuldade em levar a cabo a proposta de aliança com tucanos na capital, da qual foi um dos idealizadores em 2008.

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O problema adicional estaria no cabeça da chapa. Tendo Patrus Ananias como vice, Marcio Lacerda dificilmente contaria com o apoio do PSDB. O petista poderia assumir a prefeitura em 2014, já que Lacerda é cotado para o governo estadual ou mesmo para candidatar-se a vice. Patrus teria então dois anos chefiando a administração - automaticamente, se colocaria como franco favorito à reeleição. Os tucanos não gostariam nada dessa história.

Além disso, não se sabe até onde o atual prefeito de BH toparia ir acompanhado de Patrus. O petista não apoiou sua candidatura em 2008, já que não aceitou fazer campanha ao lado do PSDB. Durante boa parte da gestão de Lacerda, manteve um tom mais crítico que elogioso. Desde o início do ano passado, contudo, o diálogo entre os dois melhorou, quantitativa e qualitativamente. “Hoje, tenho uma boa conversa com o Lacerda”, confirma Patrus. O atual prefeito e candidato à reeleição, contudo, sabe que o ex-ministro de Lula poderia ser uma sombra sob sua administração. Ele já teve boas dores de cabeça com Roberto Carvalho, com quem brigou há dois anos. Com um nome do peso de Patrus, uma nova desavença seria ainda pior.

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