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Ao defender 'abordagem diferenciada', Rota assume racismo institucional

Novo comandante da Rota, tropa especial da PM de São Paulo, assumiu que a forma de atuação dos policiais e o tratamento com o cidadão nos bairros nobres é diferente daquele dispensado aos moradores da periferia; para Adriana Moreira, da Frente Alternativa Preta, "é assustador e lamentável que uma liderança da segurança pública que, em tese, deveria ser um agente de promoção e de construção do estado de direito, legitime uma prática discriminatória"

Novo comandante da Rota, tropa especial da PM de São Paulo, assumiu que a forma de atuação dos policiais e o tratamento com o cidadão nos bairros nobres é diferente daquele dispensado aos moradores da periferia; para Adriana Moreira, da Frente Alternativa Preta, "é assustador e lamentável que uma liderança da segurança pública que, em tese, deveria ser um agente de promoção e de construção do estado de direito, legitime uma prática discriminatória" (Foto: Aquiles Lins)
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Rede Brasil Atual - O novo comandante da Rota, tropa especial da PM de São Paulo, assumiu que a forma de atuação dos policiais e o tratamento com o cidadão nos bairros nobres é diferente daquele dispensado aos moradores da periferia. Para Adriana Moreira, da Frente Alternativa Preta, "é assustador e lamentável que uma liderança da segurança pública que, em tese, deveria ser um agente de promoção e de construção do estado de direito, legitime uma prática discriminatória".

Para ela, as declarações do comandante confirmam conduta já conhecida dos moradores das periferias, mas até agora não oficialmente assumida pela polícia. Em entrevista ao UOL nesta quinta-feira (24), o tenente-coronel Ricardo de Melo Araújo diz que se aplicar o mesmo tratamento utilizando nos Jardins em bairros da periferia, o policial "não vai ser respeitado". E, do contrário, se utilizar, nos bairros nobres, a abordagem usual nos bairros mais pobres será "grosseiro".

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"Agora com a fala do comandante a gente sabe que é uma prática orientada a maneira como se tratam as pessoas que moram na periferia e as pessoas que moram nos bairros nobres da cidade", rebate Adriana, em entrevista nos estúdios dos Seu Jornal, da TVT.

Segundo a ativista, que integra a Frente Alternativa Preta, existe uma "naturalização da violência" contra as pessoas negras. Ela lembra que são os jovens negros moradores da periferia as maiores vítimas da violência policial.

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Adriana cobra comportamento "minimamente respeitoso" para todas as pessoas. "Não dá para você estabelecer um padrão de relação em virtude do lugar onde a pessoa mora. É um problema para o conjunto da sociedade. Numa sociedade efetivamente democrática não tem uma vida mais importante que a outra. Todas as vidas são relevantes e importantes."

Contra o avanço do racismo, no Brasil e no mundo, a Frente Alternativa Preta e outras organizações organizam roda de conversa, com ações políticas e culturais, neste sábado, à partir das 14h, na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo.

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