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Apesar de rebaixamento do Brasil, dólar fecha em queda de 0,32%

O dólar fechou em queda de 0,32%, sendo cotado a R$ 3,8005, mesmo com a decisão da agência da classificação de risco Fitch de rebaixar a nota do Brasil de "BBB" para "BBB-" e sinalizar que pode retirar o selo de bom pagador do país

O dólar fechou em queda de 0,32%, sendo cotado a R$ 3,8005, mesmo com a decisão da agência da classificação de risco Fitch de rebaixar a nota do Brasil de "BBB" para "BBB-" e sinalizar que pode retirar o selo de bom pagador do país (Foto: Paulo Emílio)
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Por Bruno Federowski, Reuters - O dólar fechou em queda frente ao real nesta quinta-feira, acompanhando o movimento da moeda norte-americana nos mercados emergentes mesmo após a agência de classificação de risco Fitch rebaixar a nota do Brasil e sinalizar que pode tirar o selo de bom pagador do país, decisão que já era esperada pelos investidores.

O dólar recuou 0,32 por cento, a 3,8005 reais na venda, após atingir 3,7801 reais na mínima do dia e 3,8773 reais na máxima.

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"Parece que o mercado cansou de piorar. Esgotou o estoque", disse o operador de uma corretora nacional. "Todas as (moedas) emergentes melhoraram hoje e o Brasil acompanhou, apesar de todo o cenário negativo. Parece que isso tudo já estava no preço".

O recuo do dólar em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano veio mesmo após dados sobre a inflação e o mercado de trabalho nos Estados Unidos atenuarem um pouco as apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não eleve os juros neste ano.

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Essas apostas vêm ajudando ativos de países emergentes, que seriam beneficiados pela manutenção da política monetária expansionista na maior economia do mundo. Pesquisa da Reuters mostrou que a expectativa de economistas é que o Fed eleve a taxa de juros em dezembro, mas a confiança nessa aposta vem diminuindo.

No Brasil, o dólar não foi tão influenciado pelo rebaixamento do país. A Fitch cortou a nota do Brasil de "BBB" para "BBB-", último degrau que garante o chamado grau de investimento, e manteve a perspectiva negativa, sugerindo que outro rebaixamento é possível ao longo do próximo ano.

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"O mercado só vai reagir com bastante força quando houver de fato uma retirada do grau de investimento", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. "Por enquanto, (a decisão da Fitch) deixa o mercado com o radar ligado, mais sensível a altas".

Se perder seu grau de investimento pela Fitch ou pela Moody's, o Brasil passará a ser classificado como "grau especulativo" por duas das três principais agências, já que a Standard & Poor's retirou o selo de bom pagador do Brasil no mês passado. Isso serviria de gatilho para fuga de capitais do país, já que muitos fundos têm regulações internas que os impedem de investir em países com essa característica.

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O efeito da decisão da Fitch, segundo operadores, foi aumentar a volatilidade do mercado, com o dólar trocando de sinais diversas vezes nesta sessão. No Brasil, a crise política também contribuía para deixar investidores com o pé atrás.

A indefinição sobre eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff vem pressionando o câmbio e levou o dólar a marcar a maior alta diária sobre o real em mais de quatro anos na terça-feira.

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Analistas da Guide Investimentos destacaram em nota clientes o "noticiário político ainda intenso", mas ressaltaram que "tudo indica que continuaremos em 'stand by': Cunha e Planalto tentam costurar acordão", referindo-se ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O Banco Central deu continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou 5,118 bilhões de dólares, ou cerca de metade do lote total, que corresponde a 10,278 bilhões de dólares.

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