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Apinajés decidem não participar dos Jogos Indígenas

Em nota pública, a comunidade indígena Apinajé questiona o investimento de R$ 160 milhões no evento esportivo, que acontece em outubro em Palmas, enquanto os nativos passam por "dificuldades e violências"; "Não podemos aceitar e participar de um evento de caráter midiático e sensacionalista que tem por finalidade usar imagem dos povos indígenas para distorcer os fatos e mentir no exterior; ocultando a verdadeira realidade e o sofrimento dos povos indígenas do Brasil", diz a nota; é a segunda etnia indígena do Tocantins a desistir de participar das competições; primeira foi a comunidade Krahô, a maior comunidade indígena do estado

Em nota pública, a comunidade indígena Apinajé questiona o investimento de R$ 160 milhões no evento esportivo, que acontece em outubro em Palmas, enquanto os nativos passam por "dificuldades e violências"; "Não podemos aceitar e participar de um evento de caráter midiático e sensacionalista que tem por finalidade usar imagem dos povos indígenas para distorcer os fatos e mentir no exterior; ocultando a verdadeira realidade e o sofrimento dos povos indígenas do Brasil", diz a nota; é a segunda etnia indígena do Tocantins a desistir de participar das competições; primeira foi a comunidade Krahô, a maior comunidade indígena do estado (Foto: Aquiles Lins)
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Tocantins 247 - A comunidade indígena Apinajé decidiu não participar dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), que acontecem na Capital, em outubro.

Em nota pública, a etnia questiona o investimento de R$ 160 milhões no evento esportivo, enquanto os nativos passam por "dificuldades e violências". É a segunda etnia indígena do Tocantins a desistir de participar das competições. A primeira a desistir foi a comunidade Krahô, a maior comunidade indígena do estado.

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A decisão foi tomada durante a 7ª Assembleia Ordinária da Associação União das Aldeias Apinajé–Pempxà, realizada entre o dia 17 e 21 deste mês. A nota destaca que a posição foi endossada por 70 caciques da etnia. "Não podemos aceitar e participar de um evento de caráter midiático e sensacionalista que tem por finalidade usar imagem dos povos indígenas para distorcer os fatos e mentir no exterior; ocultando a verdadeira realidade e o sofrimento dos povos indígenas do Brasil", discorre a nota, que ainda convida as demais etnias para acompanharem a definição.

Os Apinajés questionam o investimento em meio à crise econômica, a instabilidade política e ainda a falta de políticas indigenistas. "Citamos os casos de violências institucionalizadas praticadas pelo Estado. É inaceitável que nesse momento também esteja se repetindo assassinatos, despejos, espancamentos, prisões e a criminalização das lideranças indígenas com a participação e conivência dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário", acrescentam.

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A nota também critica as dificuldades dos povos Avá Canoeiro, Guarani-Kaiowá, Tupinambás, Pataxó e Canela em demarcar e regularizar suas terras, bem como o "abandono e o sucateamento" das estruturas de atendimento à saúde indígena. "Nesse momento difícil de incertezas e insegurança centenas de terras demarcadas e regularizadas também estão sendo invadidas e ameaçadas", afirmam os Apinajés.

Assim como os Krahôs, os Apinajés solicitaram que não sejam utilizadas imagens da etnia em materiais relacionados ao JMI. A nota ainda critica o evento por não ter consultado ou convidado os povos do Tocantins para participarem da organização do evento. (Com informações do Portal CT)

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