Apito brasileiro na Olimpíada
Dois rbitros vo representar o Brasil na disputa do basquete em Londres. Mais que consagrao pessoal aos convocados, escolha da FIBA refora o bom momento do esporte no Pas
Lucas Reginato _247 - Além dos jogadores das seleções feminina e masculina de basquete, as quadras da Olimpíada de Londres vão receber outros dois brasileiros. Marcos Fornies Benito e Cristiano de Jesus Maranho, filiados à Confederação Brasileira de Basquete (CBB), foram convidados pelo Comitê Olímpico para trabalharem durante os Jogos deste ano.
Embora seja uma grande responsabilidade, a arbitragem brasileira está acostumada a grandes decisões. Na última edição da Olimpíada, em Pequim, 2008, Maranho foi o responsável por apitar jogos importantes, como a semifinal masculina entre Espanha e Lituânia e a feminina entre Estados Unidos e Rússia. Se em 2008, entretanto, o basquete verde e amarelo não vivia um bom momento, nesta edição, a expectativa é de uma participação muito melhor do que nos anos anteriores.
"A seleção ter permanecido durante algum tempo fora das decisões dos grandes torneios mundiais acabou favorecendo a arbitragem do Brasil, já que os juízes não podem apitar partidas disputadas pelo seu próprio país", explica Marcelo Ávila, coordenador geral de arbitragem da CBB. O gabarito conquistado pela classe dos árbitros no Brasil, representado pela convocação de Benito e Maranho, somado à classificação das duas seleções brasileiras, mostra uma recuperação do nosso basquete no cenário mundial. "Hoje, a arbitragem brasileira é, junto com a de outras nações da América, uma das mais conceituadas do mundo", afirma Ávila.
Maranho apita partidas internacionais desde 1998. Aos 38 anos, é atualmente o grande nome da arbitragem brasileira, e acumula participações invejáveis, como a semifinal do Mundial masculino de 2006 e a finalíssima, em 2010, entre Estados Unidos e Turquia. Mesmo assim, a emoção em 2012 será inédita: "Em Pequim, eu vivi um mix de felicidade, por realizar o sonho de participar de uma Olimpíada, e tristeza, por não ter a seleção masculina na competição. Este ano, posso dizer que é um momento de muita felicidade, pois o basquete brasileiro estará completo".
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Benito, de 39 anos, é outro veterano da arbitragem, mas tem menos experiência nas quadras fora do Brasil. Embora tenha começado sua carreira em 1995, no Campeonato Paulista Masculino, só se gabaritou para a arbitragem internacional em 2004. Desde então, apitou decisões da Liga das Américas, em 2010, e dos Jogos Pan-Americanos, em 2011, mas nada perto da importância que têm os Jogos Olímpicos.
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Assim como os atletas, os árbitros também passam por uma preparação para não fazer feio em tão importante evento, e ela não consiste apenas de exercícios físicos. São também exigências da FIBA que os juízes saibam falar inglês fluentemente, estudem constantemente as minúcias das regras e coloquem esse conhecimento em prática nas competições nacionais de maior relevância.
Os convocados para participar dos Jogos têm, a partir de agora, quatro meses para estarem prontos para as partidas, que começam no dia 28 de julho. Se tiverem boa atuação durante os jogos da primeira fase, podem se gabaritar para apitar a final, que acontece no último dia da Olimpíada, 12 de agosto. Mas nenhum brasileiro quer que isso aconteça. Afinal, o desejo maior é de ver nossas seleções, tanto masculina como feminina, brilharem e brigarem pelo topo do pódio.
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