Apontado como peça chave no esquema de venda de joias, Wassef diz que é inocente e vítima de fake news

247 - O advogado Frederick Wassef compareceu nesta quinta-feira (31) à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, onde negou veementemente qualquer envolvimento em supostas irregularidades relacionadas a um esquema de venda de presentes oficiais no exterior, incluindo relógios e joias, destaca o jornal O Globo. Wassef é um dos oito indivíduos intimados a depor sobre o caso, enquanto os demais prestam esclarecimentos na capital federal, Brasília.

Na sua chegada à superintendência, por volta das 10h50, Wassef afirmou ser alvo de uma campanha difamatória baseada em "notícias falsas". O advogado, conhecido por representar a família Bolsonaro, declarou que “ Fui vítima de uma campanha covarde de notícias falsas. Estou tranquilo, jamais cometi qualquer irregularidade ou ilícito", disse.

Ao longo do processo, Wassef manteve sua posição, reiterando que não alterou sua versão dos fatos. Entretanto, num momento anterior, durante uma entrevista ao blog da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, ele afirmou que nunca havia visto o relógio em questão. No entanto, numa posterior entrevista coletiva realizada em São Paulo, Wassef admitiu ter recomprado um Rolex que teria sido vendido ilegalmente nos Estados Unidos pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid.

"Eu jamais mudei de versão, jamais voltei atrás. Desafio um dos senhores: me mostre uma fala minha onde disse que neguei que comprei o relógio. Jamais”, afirmou ele. Wassef enfatizou que a transação não poderia ser considerada “recompra”, uma vez que ele não foi o vendedor original do item.

Sobre o registro de um arsenal de armas em seu nome, Wassef optou por não comentar sobre o assunto. Até o momento, a Polícia Federal não localizou o referido arsenal.