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Após audiência de custódia, Joesley ficará preso na PF em São Paulo

Após audiência de custódia na Justiça Federal em São Paulo, o empresário Joesley Batista, dono da J&F, ficará preso na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal na capital paulista, na região da Lapa; Joesley foi ouvido nesta sexta-feira pelo juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, em audiência de custódia; o magistrado decidiu manter a prisão preventiva do empresário, alegando que, por suas condições financeiras, há "risco concreto de fuga"

O empresário brasileiro Joesley Batista após prestar depoimento em Brasília 07/09/2017 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Romulo Faro)
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Elaine Patricia Cruz - repórter da Agência Brasil

Após audiência de custódia na Justiça Federal em São Paulo, o empresário Joesley Batista, dono da J&F, ficará preso na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, na região da Lapa.

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Joesley foi ouvido hoje (15) pelo juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo em audiência de custódia, que serve para que o acusado relate as condições em que foi preso. Na audiência, o juiz decidiu manter a prisão preventiva do empresário, alegando que, por suas condições financeiras, há "risco concreto de fuga".

A audiência, que se refere à investigação sobre Joesley e seu irmão Wesley Batista no processo que apura se eles teriam usado informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro (insider trading), durou cerca de meia hora. Durante a audiência, Joesley negou que tenha sofrido maus-tratos durante sua prisão e disse que é inocente e não cometeu o crime.

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O advogado de defesa do empresário, Pierpaolo Bottini, disse que vai entrar ainda hoje com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo a liberdade de seu cliente. Para ele, a prisão de Joesley não se justifica. "Você precisa justificar se existe motivo de obstrução de Justiça, se existe pressionamento de testemunhas ou se existe risco concreto de fuga. E nada disso existe no caso. Então, a questão aqui é que, independentemente do crime que está sendo investigado, ele em todos os momentos compareceu aos atos de instrução, juntou documentos que foram necessários e não há risco de fuga. Não há motivo algum para que ele esteja preso", disse o advogado.

Durante a audiência, o advogado ressaltou que seu cliente é a única pessoa no país presa por esse crime. "Esse crime, com essa pena [de um a cinco anos de prisão], não enseja a prisão preventiva. Portanto, ainda que ele seja condenado a uma pena próxima da máxima, ele ficaria em regime aberto. Isso é uma questão de legislação. Ele está em uma situação que ele não vai ficar nem que ele seja condenado definitivamente", acrescentou Bottini.

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Ao final da audiência, a procuradora da República Thaméa Danelon disse que há risco de Joesley, em caso de liberdade, fugir do país. Ela também considera que, solto, Joesley poderia destruir provas do crime. Durante a audiência, a procuradora também afirmou que "ninguém foi preso por esse crime ainda por uma questão de impunidade".

"Eles [os irmãos Joesley e Wesley Batista] fizeram movimentações completamente atípicas no mercado financeiro. Está demonstrada a autoria do crime. A ordem de venda [das ações] partiu de Joesley", disse a procuradora. "Outras pessoas foram ouvidas, e-mails confirmaram as ordens de venda e de recompra das ações. Está plenamente evidenciado que, com essa operação, a empresa deixou de ter um prejuízo de R$ 160 milhões e, além disso, ela lucrou aproximadamente R$ 100 milhões, valor semelhante ao que deveria ser pago na colaboração premiada", completou a procuradora.

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Para ela, a prisão de Joesley é necessária para "manter a ordem econômica". "A decisão [de manter a prisão preventiva] era esperada porque, diante da criminalidade praticada por esse preso, não haveria outra alternativa senão a de ele permanecer na prisão. Ele é investigado em seis operações, é um criminoso contumaz."

A procuradora também comentou a declaração de Joesley de que só está preso porque "mexeu com poderosos". Segundo ela, "esses argumentos são típicos de criminosos de colarinho branco".

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"Essas pessoas que sempre estiveram acobertadas pela impunidade, que nunca foram presas, que só depois da Lava Jato começou a alcançar pessoas poderosas, elas usam esse argumento de que é uma retaliação, uma vingança, uma perseguição. Mas isso não é verdadeiro porque é um trabalho imparcial e realizado pela Polícia Federal, pela CVM [Comissão de Valores Mobiliários] e pelo Ministério Público Federal", destacou Thaméa. "Todos serão investigados, independentemente de terem foro privilegiado ou não", acrescentou.

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