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Após 'malhação de Judas', Valcke pede desculpas

A reclamao do secretrio-geral da Fifa sobre o atraso para a preparao da Copa de 2014 tem fundamento, mas a forma da crtica conseguiu a proeza de unir de um mesmo lado governo e oposio, que tiraram o dia para malhar odirigente; hoje, ele pediu desculpas e se disse vtima da traduo

Após 'malhação de Judas', Valcke pede desculpas (Foto: Christian Hartmann/Reuters)
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247 – A reação do governo brasileiro às declarações do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, de que os organizadores da Copa de 2014 precisavam de um chute no traseiro, não parou no protesto ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Depois de o comunista exigir um novo interlocutor à Fifa, no fim de semana, todo mundo, inclusive gente da oposição, aproveitou para tirar uma casquinha de Valcke, que se disse vítima de um mal entendido hoje.

Segundo "Portal da Copa", do governo federal, o executivo francês pediu desculpas ao ministro do Esporte e a qualquer pessoa que possa ter se ofendido com "interpretações incorretas das minhas palavras”. Valcke alega que “em francês, ‘se donner un coup de pied aux fesses’ significa apenas ‘acelerar o ritmo’, e, infelizmente, essa expressão foi traduzida para o português usando palavras muito mais fortes”.

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Antes da explicação, que ainda não obteve resposta do governo brasileiro, Valcke foi condenado por situação e oposição. O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse que que a declaração do secretário-geral da Fifa merecia “um chute de volta, daqui pra lá”. “Se ele (Valcke) quis mesmo dizer isso, faltou um pouco de educação”, completou Maia, destacando que “aqui (no Congresso) não há nada imposto pelo governo, pelas entidades e muito menos por entidades de fora do país”, em referência às aprovação da Lei Geral da Copa, atrasada em três anos.

O deputado Renan Filho (PMDB-AL), relator da Lei Geral da Copa, também repudiou a declaração de Valcke, classificado por ele como “inconsequente, deselegante e de linguajar chulo”. Para o presidente do Senado, josé Sarney (PMDB-AP), a cobrança de Valcke foi uma “intromissão grosseira”.

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Mesmo críticos ferrenhos do governo, como o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), e até da CBF, como o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ), condenaram a forma como o executivo se expressou – não sem alfinetar a preparação para a Copa. “Valcke pegou pesado nas críticas aos atrasos e à bagunça, mas não falou nenhuma mentira, de que o Brasil está mais preocupado em ganhar a Copa de 2014 do que em organizá-la”, escreveu o deputado Anthony Garotinho em seu blog, acrescentando que a Copa de 2018, na Rússia, estaria com as obras mais adiantadas que a do Brasil.

O senador tucano Alvaro Dias foi na mesma toada. “As críticas de Jérôme Valcke colocam o Brasil no chão. Nosso País se humilha e dá a alguém direito de nos agredir desta forma. O chute do secretário da FIFA merece o nosso repúdio, mas em relação aos argumentos dele sobre o atraso nas obras, nós assinamos embaixo”, disse Dias na tribuna do Senado.

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Leia a carta enviada pelo ministro Aldo Rebelo à Fifa:

Brasília, 5 de março de 2012
A Sua Excelência o Senhor
JOSEPH SEPP BLATTER
Presidente da Fifa
Lausanne-Suíça
Senhor Presidente,

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1. Ao longo dos últimos anos, especialmente com a aproximação da Copa do Mundo Fifa 2014 no Brasil, as relações entre o Governo Brasileiro e a Fifa têm se pautado pelo mais alto nível de respeito, cordialidade e reciprocidade.

2. O Brasil sempre se portou, tanto na candidatura como na organização do mundial, de forma correta e consciente da sua capacidade de realizar a XX Copa do Mundo de Futebol.

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3. Assim sendo, recebemos com espanto as inapropriadas declarações do senhor Jérôme Valcke nos últimos dias à imprensa internacional. A forma e o conteúdo das declarações escaparm aos padrões aceitáveis de convivência harmônica entre um país soberano como o Brasil e uma organização internacional centenária como a Fifa.

4. Diante desta realidade, o Governo Brasileiro não pode mais aceitar, nas suas tratativas com a Fifa, o Senhor Jérôme Valcke como interlocutor durante a preparação desse mundial.

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5. Estamos empenhados e confiantes na construção de uma grande Copa.

Com apreço,
ALDO REBELO
Ministro de Estado de Esporte
Governo da República Federativa do Brasil

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