Após perder na Justiça, Sintese encerra greve

247 - Após a decisão da maioria dos desembargadores do Tribunal de Justiça de Sergipe pela ilegalidade da paralisação, os professores da rede estadual decidiram, em assembleia ocorrida nesta quinta-feira (18), retomar suas atividades na próxima segunda-feira (22). A categoria suspendeu as atividades no dia 18 de maio. Como a greve foi decretada ilegal, o governo estadual decidiu cortar o ponto dos professores. Em resposta, o Sindicato da categoria, o Sintese, já avisou que não irá repor as aulas.

“Não estamos saindo derrotados porque os derrotados saem de cabeça baixa e nós continuamos com nossas cabeças erguidas. Construímos uma greve histórica, uma resistência histórica e vamos continuar porque temos um grande grupo de professores que estão dispostos a fazer luta nas ruas, nas praças e dentro da sala de aula. Mesmo com o fim da greve, a chama da luta continua acesa”, afirmou a presidente do sindicato, Ângela Melo.

Além da suspensão da greve e da volta às salas de aula na segunda-feira, os professores, durante a assembleia, deliberaram que irão desocupar o Palácio dos Despachos e realizarão uma nova assembleia dos professores da rede estadual no dia 1º de julho, além do estado permanente de Assembleia, de campanhas semanais nos meios de comunicação "denunciando os malfeitos do Governo Jackson Barreto", atos nas escolas da rede estadual, enterro simbólico do governador Jackson Barreto, ato na Assembleia Legislativa, sequência de paralisações. Também ficou decidido que o Sintese só irá irá apresentar o calendário de reposição das aulas mediante o recebimento dos salários.

Após a assembleia os professores desocuparam o Palácio de Despachos. Na porta da Secretaria da Educação, os professore fizeram a ‘Queima de Judas’ com um boneco que representava o secretário Jorge Carvalho. “Vamos seguir na luta por nossos direitos, por dignidade, por condições de trabalho e por uma educação de qualidade social para os filhos dos trabalhadores de Sergipe. Nossa luta é vitoriosa tivemos a apoio dos estudantes, pais, mães, professores das universidades do Brasil e do mundo. Neste um mês de greve a sociedade esteve do nosso lado. Não daremos descanso a Jackson Barreto, nem a Jorge Carvalho. A chama da luta, da esperança não acaba para professores e estudantes, a chama sempre continuará acesa”, afirmou a vice-presidente do sindicato, Ivonete Cruz.