Argentina é acusada de dopar seleção brasileira na Copa de 1990

247 – Durante um jogo contra a Argentina, nas oitavas de final da Copa de 1990, sediada na Itália, uma história muito curiosa aconteceu com o lateral Branco, segundo ele mesmo contou. O jogador disse que havia pedido água ao massagista da equipe adversária e que, depois de beber, ficou zonzo. E deixou clara sua suspeita: achou estranho que a água dada a ele não fosse do mesmo frasco entregue a Maradona.

Depois da eliminação do Brasil por 1 a 0, o jogador dormiu no ônibus e continuou sonolento durante todo o dia seguinte. Somente 15 anos depois, em 19 de janeiro de 2005, na revista argentina Ventitres, o técnico Carlos Bilardo, que treinava o time argentino na época do jogo, comprovou a história. "Não posso dizer que não aconteceu", declarou ele.

O técnico do Brasil em 1990, Sebastião Lazaroni, ficou revoltado diante da declaração de Bilardo, que confirmou ter misturado tranquilizante à água oferecida aos jogadores brasileiros. Ele declarou que tanto Bilardo quanto o massagista argentino Miguel di Lorenzo deveriam ser punidos pela Fifa, mesmo após mais de uma década. "Não importa se já faz 14 anos ou 14 dias, deveria haver uma punição exemplar por parte da Fifa, para o Bilardo e para o massagista", declarou Lazaroni.

Maradona, craque da época, admitiu a trapaça dois anos depois que o técnico, em 2007, em entrevista para a revista El Gráfico: "Não fiz nada, porque não pensei que Branco fosse tomar a água". Talvez por se sentir culpado, em 1993, o próprio massagista afirmou que havia uma garrafa de água para os argentinos e outra para os brasileiros, mas que o fato foi ignorado pela mídia brasileira, embora sua história tenha sido divulgada no jornal do país, El Clarín.

Mesmo com o "truque", no Mundial de 1990, os argentinos não levantaram a taça. Na final, o resultado foi Alemanha 1 e Argentina 0.