Arquiteto João Otávio, filho de Brizola, morre aos 64 anos
arquiteto João Otávio Brizola, último filho vivo do ex-governador Leonel Brizola, morreu no último sábado, 22, aos 64 anos; ele lutava contra um melanoma havia dois anos e seu quadro de saúde se agravou nos últimos meses; familiares e amigos lamentaram a perda
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Rio Grande do Sul 247 - O arquiteto João Otávio Brizola, último filho vivo do ex-governador Leonel Brizola, morreu no último sábado, 22, aos 64 anos. Ele lutava contra um melanoma havia dois anos. Fátima de Abreu Brizola, sua ex-mulher e mãe de seu filho, João Eduardo, afirmou que o quadro de saúde do arquiteto se agravou nos últimos meses.
Familiares lamentaram o falecimento do arquiteto. "Somos todos muito gratos pelo tempo que pudemos conviver com ele", disse a deputada estadual Juliana Brizola (PDT), sobrinha de João Otávio.
O jornalista Fernando Brito, editor do blog Tijolaço, que conviveu com Brizola e sua família, também lamentou a perda. Leia abaixo:
Morre João Otávio, último filho de Brizola
Soube agora há pouco com atraso da morte de João Otávio Brizola, último filho que restava vivo de Leonel Brizola, sábado à noite, em São Paulo.
Com atraso porque até na morte João foi pessoa discreta, de pouco falar. Poucos souberam de seu câncer, fatal.
Conheci-o na campanha para o governo do Estadoem 1982, quando sofreu uma agressão de um policial e reagiu sem medo.
Claro que a imprensa, na época, transformou o agressor em agredido.
No primeiro governo do pai, trabalhou na coordenação das obras do Sambódromo e dos Cieps, com muita energia.
João teve uma infância sofrida, não apenas com o exílio, mas com inúmeras cirurgias para corrigir problemas de crescimento e, talvez por isso, jamais se descuidou do lado físico.
Foi a ele que, no final da vida, Brizola deu a função de liquidar os negócios de família no Uruguai e com ele fez a última viagem, sob o frio e a chuva do inverno de 2004, na qual seu pai adoeceu e, debilitado, viu se manifestarem os problemas cardíacos que o matariam.
Só ano passado, muito depois da morte do pai, João Otávio animou-se a contar as luzes e sombras da vida familiar, sacrificada tantas vezes em nome da política e, sobretudo, sempre contaminada pelo ódio que nutria-se ao sobrenome Brizola.
Em "Minha Vida Com Meu Pai, Leonel Brizola" menos que uma queixa, o registro de quanto tudo isso roubou aos filhos o convívio paterno. Fui testemunha de um destes momentos quando, depois da derrota eleitoral de 1989, num café onde estavam ele e D. Neusa, pediram a ele que, a partir daí, tivesse mais tempo com a família.
Como se sabe, nunca teve.
Meu abraço final ao João, que sempre me dedicou grande consideração e respeito, como a ele dedico agora.
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