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Artistas realizam ato contra o golpe na Capital

A partir da perspectiva de que a cultura é um importante instrumento na luta contra repressões e na busca por direitos, milhares de artistas se reuniram em Porto Alegre no ato Cultura pela Democracia; a manifestação cultural começou no Largo Zumbi dos Palmares, onde aconteceram os primeiros shows e intervenções artísticas, e transformou-se em um cortejo pelas ruas da Cidade Baixa, até o Centro Municipal de Cultura, na avenida Erico Verissimo, onde as apresentações continuam

A partir da perspectiva de que a cultura é um importante instrumento na luta contra repressões e na busca por direitos, milhares de artistas se reuniram em Porto Alegre no ato Cultura pela Democracia; a manifestação cultural começou no Largo Zumbi dos Palmares, onde aconteceram os primeiros shows e intervenções artísticas, e transformou-se em um cortejo pelas ruas da Cidade Baixa, até o Centro Municipal de Cultura, na avenida Erico Verissimo, onde as apresentações continuam (Foto: Leonardo Lucena)
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Débora Fogliatto, Sul 21 - A partir da perspectiva de que a cultura é um importante instrumento na luta contra repressões e na busca por direitos, milhares de artistas se reuniram em Porto Alegre nesta quarta-feira (23) no ato Cultura pela Democracia. A manifestação cultural começou no Largo Zumbi dos Palmares, onde aconteceram os primeiros shows e intervenções artísticas, e transformou-se em um cortejo pelas ruas da Cidade Baixa, até o Centro Municipal de Cultura, na avenida Erico Verissimo, onde as apresentações continuam.

A rapper Negra Jaque, que foi apresentadora do evento, destacou o papel das mulheres e das pessoas de periferia na promoção da cultura, puxando o canto “eu sou cultura, periferia, a minha luta é todo dia”. Os artistas presentes também entoaram “não vai ter golpe, vai ter luta” e “vai ter cultura, vai ter democracia”. No Largo Zumbi, houve apresentações de Marcelo Delacroix, Juçara Gaspar e Luciano Alves, Jorge Foques, Marietti Fialho, Front LR e Farabute.

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Durante seus shows, os cantores mencionaram o aspecto político da arte. “Essa é pra quem ‘tá’ sempre pedindo mais segurança nas ruas, mas não ‘tá’ nem aí pro genocídio da juventude negra”, anunciaram os rappers da Front LR antes de cantarem “Esconde os iPhone”. A banda Farabute, no começo de “Mago das Mentiras”, dedicou a canção à grande mídia, que “sempre puxa para seus interesses e dos seus patrocinadores”. A música também critica a empresa Monsanto.

No ato, também havia cartazes criticando a Rede Globo, com dizeres como “a democracia exige o fim da concessão da Globo”, “há algo de podre na Rede Globo” e “TV Globo golpista, quer incendiar o país”. Estudantes de Artes da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) estiveram presentes no ato, afirmando a importância da união entre estudantes e a classe artística neste momento político. “O curso de Artes da UERGS está dizendo não ao golpe, está formando professores de artes plásticas preocupados com a democracia”, afirmou Eduardo Pacheco.

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Para a cantora Marietti Fialho, arte e democracia estão necessariamente conectadas. “Arte significa liberdade de expressão, uma não existe sem a outra. A cultura sempre lutou pela liberdade, e esse ato de hoje significa isso”, apontou. A atriz Keter Velho, da tribo de atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, também mencionou a ligação entre democracia e cultura. “A cultura sempre foi o âmbito mais preso de algum forma quando há ditaduras, e vem sofrendo cortes e ataques. Mas não queremos que haja retrocesso, por isso estamos aqui unidos, dizendo que estamos aqui resistindo”, afirmou.

Enquanto aconteciam os shows, artistas de rua e de circo se apresentavam em frente ao palco, com malabares e bambolês. Segundo os organizadores, mais de 2 mil pessoas participaram do ato no Largo Zumbi dos Palmares.

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A atriz Silvana Rodrigues, do grupo Pretagô, também esteve presente no ato. Ela destaca que, para além deste momento, é importante que a mobilização desta quarta-feira se estenda para outras pautas, especialmente direitos de populações historicamente oprimidas, como mulheres, pessoas negras e LGBTs. “A minha motivação como artista e mulher negra é por entender que podemos discutir muitas pautas. Sim, nossos direitos, como sociedade, estão ameaçados nesse momento, mas eu também quero que a gente se engaje em movimentos sociais que já existem há muito tempo reivindicando direitos para as minorias”, ponderou.

Os shows do Largo Zumbi foram encerrados com a saída do cortejo puxado por blocos de carnaval, que seguiu pela José do Patrocínio em direção ao Centro Municipal de Cultura, onde os artistas chegaram por volta das 20h15. Ao chegar lá, na esquina com a Avenida Ipiranga, aconteceu uma intervenção cênica do coletivo Falos & Stercus, na beira do Arroio Dilúvio.

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No local, acontecem ainda apresentações de Nei Lisboa; Richard Serraria; Flu e Amigos; Queijo com Goiabada; Bibiana Morena e Nelo Johann; Negra Jaque, Rafa Rafuagi, Maninho Melo e Anderson da Fusão; Zumbira dos Palmares; Renascentes; Denizelli Cardoso; Carol Abreu; Roda Viva.

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