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Assediado pelos dois, Lacerda não vê diferença entre PT e PSDB

Produto da inslita parceria entre tucanos e petistas idealizada por Acio e Pimentel em 2008, prefeito de BH costura repetio da aliana este ano com um discurso pronto: No fundo, h poucas distines entre os dois. S precisa convencer a militncia

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Minas 247 - A militância petista reclama, os tucanos de carteirinha chiam, mas as cúpulas do PT e do PSDB costuram e tornam praticamente inevitável a repetição da insólita parceria que uniu os arquirrivais da política brasileira em 2008: Márcio Lacerda encabeça a chapa pela reeleição à Prefeitura de Belo Horizonte, o PT indica um vice e os dois têm o apoio tucano.

Em Brasília, onde foi recebido como estrela em encontro nacional do PSB, Lacerda já ensaia na prática o discurso pronto para seduzir os militantes, ou ao menos acalma-los: no fundo, os dois partidos são iguais. Ele garante que tanto PT quanto PSDB integrarão formalmente a chapa para outubro, desconsiderando a possibilidade de os tucanos ficarem de fora - em 2008, o apoio do PSDB foi apenas informal, mas com a participação ativa do então governador Aécio Neves na campanha.

“No fundo há poucas distinções entre tucanos e petistas”, diz Lacerda. “O PT e o PSDB são antagônicos apenas na disputa de poder. Em relação à visão de futuro, não há tanta diferença assim.”

Ao menos no PT, o apoio a Lacerda, embora garantido por acordo entre os caciques do partido, não é tão imediato. Dois grupos principais se opõem, um chefiado pelo vice-prefeito Roberto Carvalho (que brigou com Lacerda durante o mandato), e outro pelo ex-prefeito Patrus Ananias (que aceitou apoiar a reeleição, mas sem o PSDB). Nas redes sociais, é clara a ira de alguns petistas com a reedição da aliança idealizada há quatro anos por Aécio e o então prefeito, hoje ministro de Dilma, Fernando Pimentel.

O acordo atual prevê um vice indicado pelo PT, mas Lacerda não quer um político com o perfil de Carvalho - hoje, seu maior opositor em BH, mais até do que o PMDB, derrotado no segundo turno em 2008. “O PT tem bom nomes. Eu não posso influir na decisão”, é o discurso de Lacerda para as câmeras e gravadores da mídia. Nos bastidores, ele conta, porém, com nomes menos “políticos” e “ligados ao PT”. Por enquanto, o favorito é o deputado federal Miguel Corrêa Júnior, que até 2005 fazia fileiras na oposição ao presidente Lula, pelo PPS. Nos últimos dias, cresceu também o nome do procurador-geral do município, Marco Antônio Rezende Teixeira - um perfil mais técnico, como deseja Lacerda.

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