Assembleia paga R$ 200 mil para advogado defender ida de Susana ao TCE

Sergipe 247 – Na busca desenfreada para alcançar a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a oposição, que hoje comanda a Assembleia Legislativa, não enxerga limites. Nem mesmo os financeiros. No último dia 20 de junho, a Casa, através da sua presidente Angélica Guimarães (PSC) e do seu 1º secretário Adelson Barreto (sem partido), contratou os serviços da Sociedade de Advogados Sepúlveda Pertence, no valor de R$ 200 mil. O documento que estabelece a licitação foi divulgado em redes sociais ao longo do final de semana.

O jornalista Cláudio Nunes, que assina um blog no Portal Infonet, comentou o assunto nesta terça-feira (25). “Ao ser informado que a Assembleia tinha contratado o escritório de Sepúlveda Pertence, de Brasília, por R$ 200 mil para o caso da vaga do Tribunal de Contas de Sergipe o blog não acreditou, mas depois tomou conhecimento pelas redes sociais que o contrato já foi publicado”, afirma.

De acordo com o blogueiro, “no segundo ato que será realizado hoje, Acorda Aracaju, o contrato estará na pauta e os manifestantes prometem cobrar em frente à Assembleia a revogação dele”. E diz ainda que “pelas redes sociais, advogados informaram que além de ter assessoria jurídica a Assembleia tem a Procuradoria Geral do Estado para defender seus interesses”.

“Com isso, se o contrato não for revogado uma ação pública será impetrada pelos movimentos sociais. Perguntas que ficam no ar: todos os 24 deputados aprovam gastar R$ 200 mil com um escritório de Brasília, para defender quem poderia contratar com dinheiro do próprio bolso? Quem teve a ideia certamente está alheia as manifestações das ruas contra o uso indevido de recursos públicos. Ou não?”, completa.

A candidata da oposição para ocupar a vaga de conselheiro do TCE é a deputada estadual Susana Azevedo (PSC). Nas duas vezes que houve a votação, ela obteve mais votos do que o secretário estadual da Educação Belivaldo Chagas, candidato da base governista. No entanto, ele questionou na Justiça a forma como os processos foram encaminhados e obteve aval do Judiciário Sergipano.