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Até quando os EUA vão vender armas livremente?

Legislação dos tempos da conquista do oeste, no século 18, vigora no país mais rico do mundo; armas são vendidas ao vivo e por internet, sem objeções; atentados se multiplicam; semana passada, americano tentou matar presidente Obama; antes, "coringa" fulminou 12 em estréia do Batman; agora, tragédia se dá aos pés do edifício mais visitado do mundo

Até quando os EUA vão vender armas livremente? (Foto: Edição/247 )
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247 – Do que os americanos precisam mais para entender que a legislação do país que classifica como direito individual a compra e posse de armas de fogo é contrária ao interesse coletivo dos seus cidadãos, à segurança nacional, portanto, e, sem exageros, à estabilidade global?

O palco da mais nova tragédia americana provocada por um atirador aconteceu nesta sexta-feira 24 aos pés do edifício mais conhecido do mundo, o Empire State Building, visitados todos os dias por milhares de turistas de todos os países -- brasileiros entre eles, sempre entre os maiores contingentes. Ocorreu de, segundo os números divulgados até agora, o cidadão americano Jeffrey Johnson, de 53 anos, desempregado e dono de uma pistola calibre 45, ter matado uma ex-colega e, na confusão provocada, outras dez pessoas saíram feridas a tiros. O assassino foi morto pela polícia. E tudo poderia ter sido muito pior. O atentado ocorreu no início da manhã, quando ainda não havia a tradicional fila que, todos os dias, se forma naquela calçada, com cidadãos de todas as nacionalidades esperando sua vez de subir no edifício que ostentou por décadas o título de mais alto do planeta.

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Dias antes, a polícia de Washington, a capital do país, prendeu o também americano Anton Caluori, de 31 anos, igualmente dono de arma de fogo comprada legalmente, que fizera ameças por e-mail de matar o presidente Barack Obama.

Em 20 de julho, na cidade de Aurora, no Colorado, James Holmes, cidadão americano que se classificou como sendo o "Coringa", foi preso com duas pistolas Glock e uma escopeta, três mil cartuchos de balas para a primeira arma e mais 300 projetéis para a segunda. Ele guardava em sua casa, tudo comprado legalmente pela internet, outros seis mil cartuchos e explosivos líquidos. A prisão dele, porém, ocorreu tarde demais, em flagrante, no momento seguinte a ele ter matado 12 pessoas no cinema da cidade, durante estréia do último filme da série Batman.

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O atentado do "Coringa" aconteceu a apenas 32 quilômetros da cidade de Columbine, onde, em 1999, 12 alunos da universidade local foram mortos por outro maníaco que se armara legalmente. Em Fort Hood, no Texas, não muito distante dali, 13 soldados foram mortos, no ano 2000, por outro lunático fortemente armado, na maior tragédia do mesmo tipo -- e com a base comum da venda legal de armas. E os atentados do mesmo estilo não foram apenas esses.

Cidade global, Nova York não merece nem pode ficar à mercê dessa legislação, assim como todos os Estados Unidos não precisam mais disso. O presidente Barack Obama tentou mexer na legislação, mas recuou, diante do forte loobby dos fabricantes e usuários de armas. O prefeito Michael Bloomberg, com seu estilo bem menor conciliador, deve ser o próximo a empunhar a bandeira do desarmamento na sociedade americano. Espera-se que ele não recue.

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