Audiência na Câmara gera bate-boca
A discussão sobre ideologia do gênero do gênero no Plano Municipal de Educação gerou tumulto, bate-boca e debates acalorados no plenário da Câmara de Vereadores de Maceió entre religiosos e membros do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros); espaço não foi suficiente para acomodar a todos; o vereador e pastor Marcelo Gouveia (PRB) chamou a ideologia de gênero de patifaria e disse que era preciso "proteger a família brasileira"
Alagoas247 - A audiência que discutiu a ideologia de gênero no Plano Municipal de Educação gerou tumulto, bate-boca, debates acalorados e lotou o plenário da Câmara Municipal de Maceió nesta sexta-feira (19). A sessão foi proposta pelo vereador Dudu Ronalsa (PSDB). O tema é polêmico e despertou a atenção de vários segmentos da sociedade, sobretudo os religiosos e do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros).
Vereadores e representantes de entidades organizadas participaram da audiência e opinaram sobre o assunto. A sessão foi tão movimentada que nem deu para acomodar a todos no plenário. Um grupo ficou nos corredores do Legislativo e outros à porta da Câmara e na Praça Marechal Deodoro da Fonseca, no centro de Maceió.
Representando também a comunidade evangélica, o vereador e pastor Marcelo Gouveia (PRB) foi um dos que ocupou a tribuna da Câmara para se posicionar sobre o tema. Entre outros pontos comentados, ele chamou a ideologia de gênero de patifaria e disse que era preciso "proteger a família brasileira". O pastor foi vaiado e aplaudido ao mesmo tempo, chegando a bater boca com os que estavam na plateia.
"A discussão aqui hoje é sobre ideologia de gênero e não sobre o plano de educação. Quando o plano chegar aqui para ser votado, eu já avisei que vou pedir vistas. Se no plano tiver ideologia de gênero, vamos tirar isso, sim. Isso abre brechas para que sejam feitas aquelas cartilhas que ensinam nossas crianças a se masturbar. Essas cartilhas já foram distribuídas em outros locais e hoje estamos dizendo não a essa barbaridade. Isso é uma agressão à família brasileira", acredita. Gouveia disse que a escola deve apenas escolarizar e o papel de educar deve ser feito pela família.
O presidente da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA), prefeito Marcelo Beltrão (PTB), estava na audiência representando os chefes do Executivo. “Muitos gostariam que a escola participasse mais da educação e que formasse o cidadão para enfrentar o mundo real, preparar para a vida e para respeitar. A decisão da opção sexual é uma decisão que deve ser tomada quando adultos e, com certeza, precisaríamos dessa mobilização de agora para outros temas mais importantes. Deveríamos fazer como São Paulo, que mudou esse nome de ideologia de gênero e encerrar esse assunto. Essa é a minha sugestão. E esse é o ponto de vista de 100% dos nossos prefeitos, que se encerre com isso e possamos discutir, sim, a qualidade da educação”, afirmou.
A vereadora Heloisa Helena (Psol) explicou que a ideologia de gênero seria somente uma página do plano que se refere à formação de professores, na qual os trabalhadores da educação precisam estar preparados para não intensificar preconceitos religiosos, raciais e sexuais. Segundo ela, o reboliço gerado em torno do assunto é inútil.
Com gazetaweb.com
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: