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Avó do goleiro Bruno é chamada para depor

Estela Souza compareceu na manhã desta quinta-feira (30) à Corregedoria Geral de Polícia Civil, que assumiu inquérito sobre a execução de Sérgio Rosa Sales; segundo advogado, esclarecimentos não têm caráter formal

Avó do goleiro Bruno é chamada para depor (Foto: Pedro Triginelli/G1))
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Minas 247

A avó do goleiro Bruno Fernandes, Estela Souza, compareceu na manhã desta quinta-feira (30) à Corregedoria Geral de Polícia Civil, que assumiu o inquérito sobre a execução de Sérgio Rosa Sales. Ela chegou acompanhada por dois advogados. Um deles, Francisco Simim, é um dos defensores do jogador no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. O advogado informou ao G1 que Estela foi chamada para prestar esclarecimentos sobre a morte do neto, mas sem intimação formal.

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Na sexta-feira (24), parentes de Sales foram ouvidos pela Polícia Civil. Na data, o inquérito era presidido pelo delegado Frederico Abelha. Segundo ele, durante depoimento, os parentes afirmaram que Sales, que era réu no processo que apura a morte de Eliza Samudio, vinha sofrendo ameaças. Ele tinha 24 anos e foi assassinado com seis tiros no dia 22 deste mês, no bairro Minaslândia, na Região Norte da capital.

Sérgio Rosa Sales foi executado com seis tiros no dia 22 de agosto no bairro Minaslândia, na Região Norte de Belo Horizonte. Ninguém foi preso. O caso é apurado pela Corregedoria Geral de Polícia Civil, em Belo Horizonte.

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Investigação

Após o assassinato de Sérgio Rosa Sales, a polícia divulgou uma ameaça sofrida pela vítima via celular. Um torpedo dizendo: "Tô na pista. Você é o próximo". Em depoimento, parentes confirmaram que Sales sofria intimidação. Mas, momentos após o crime, o pai da vítima, Carlos Alberto Sales, chegou a negar supostas ameaças sofridas pelo filho. "Ele não estava sendo ameaçado, ele era amigo de todo mundo", disse ao G1 no local da execução.

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Há também uma denúncia de que sete homens presos no dia 24 podem ter ligação com o crime. O grupo foi detido por tráfico de drogas.

No caso Eliza Samudio, a vítima era defendida pelo advogado Marco Antônio Siqueira. O defensor informou que desconhece qualquer motivação que pudesse levar ao assassinato de Sérgio. "Jamais. Não sei e até nem pretendo saber. Acho que isso aí é responsabilidade da polícia, a Polícia Civil de Minas Gerais. E eu quero, de certa forma até me manter distante porque a morte dele foi uma surpresa muito grande pra mim. Eu sofri com isto também. Cabe à polícia a última palavra", falou o defensor. "Eu tinha muita confiança nele [Sérgio]. Sempre o considerei como uma testemunha muito privilegiada dos fatos. Ele viu e ouviu parte dos acontecimentos, mas ele jamais teve participação", comentou Siqueira.

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O Ministério Público Estadual informou que é preciso aguardar a fase de investigação policial do assassinato, antes de fazer alguma conexão com o caso Eliza. Ainda segundo MP, caso se descubra alguma ligação com o caso Eliza, o júri pode ser influenciado.

Caso Eliza Samudio

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Com o assassinato, as acusações contra Sales no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio se tornam sem efeito, isto é, são extintas, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa, 19 anos – contribuíram com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG), em 2010. Atualmente, Rosa cumpre medida socioeducativa, pois foi apreendido quando ainda era adolescente.

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Sales ganhou liberdade no dia 10 de agosto de 2011, quando a Justiça decidiu pela soltura provisória do réu. De acordo com o desembargador Doorgal Andrada, Sales não apresentava capacidade de influenciar testemunhas, não tinha poder aquisitivo e colaborava com as investigações. À época, o advogado de Sales, Marco Antônio Siqueira, disse que sempre esperou que seu cliente fosse solto. Para ele, o primo do goleiro era uma testemunha do crime. O advogado de Sérgio não foi encontrado para falar sobre a morte.

O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.

Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, mas ele respondia o processo em liberdade. Ele foi encontrado morto no dia 22 de agosto de 2012. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.

 

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