Bacelar e Medrado não quebraram o decoro
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara rejeitou nesta terça-feira (18) os pedidos de investigação por quebra de decoro parlamentar contra os deputados baianos João Carlos Bacelar (PR) e Marcos Medrado (PDT), que está licenciado; parecer para arquivamento de denúncia foi aprovado por 8 votos a 2
Agência Câmara
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara rejeitou nesta terça-feira (18) os pedidos de investigação por quebra de decoro parlamentar contra os deputados baianos João Carlos Bacelar (PR) e Marcos Medrado (PDT), que está licenciado.
O PSOL pediu a investigação da denúncia de que Bacelar teria solicitado a outros deputados a apresentação de emendas ao Orçamento para beneficiar obras que seriam realizadas por empresas de sua propriedade. Medrado, segundo a denúncia do PSOL, teria aceitado a oferta em troca de apoio financeiro a sua campanha.
Bacelar argumentou que "não tem vergonha" de pedir recursos para seu estado e disse que as denúncias teriam origem em pessoas com quem mantém disputa de herança. "É verdade que, no exercício do mandato, interagi com diversos segmentos dos poderes públicos, inclusive com outros parlamentares, como agentes do Poder Executivo, sempre visando levar mais e mais benefícios a Bahia e suas comunidades", argumentou.
O parecer de Sibá Machado pelo arquivamento do processo contra Bacelar foi aprovado por 8 votos a 2.
O deputado Sibá Machado (PT-AC), relator do processo contra Bacelar, pediu o arquivamento da denúncia. A primeira denúncia surgiu de reportagens feitas pela revista Veja e, posteriormente, pelo jornal O Globo. Sibá avaliou que os políticos estão sendo acossados pela mídia. Na reunião de hoje, inúmeros parlamentares se manifestaram pela imposição de limites à ação da imprensa.
Investigação
O deputado Ricardo Izar (PSD-SP), que relatou o processo contra Medrado, pediu a abertura da investigação para apurar o comprometimento do parlamentar licenciado. Para Izar, é importante investigar as denúncias inclusive para poder inocentar sem sombra de dúvida os envolvidos.
"Tem que apurar. Não estou falando se a gente tem que condenar ou não o representado. A gente só tá discutindo que tem de ser investigado, ouvir as partes. É a satisfação que devemos dar à população", defendeu.
O parecer de Izar foi rejeitado por 7 votos a 2. Com isso, designou-se o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) para elaborar o parecer vencedor. No dia 9 de outubro, o conselho se reunirá novamente para formalizar a não abertura das apurações.
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