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      Balestra diz que aterros sanitários podem ser compartilhados

      Esta é uma das bandeiras do novo secretário estadual das Cidades, João Balestra; formação de consórcios entre prefeituras pode melhorar armazenamento de lixo e resíduos sólidos no Estado; Balestra diz que que união de prefeituras facilita na busca de recursos junto ao governo federal para o tratamento de lixo

      Balestra diz que aterros sanitários podem ser compartilhados (Foto: )
      Realle Palazzo-Martini avatar
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      Secretário alerta prefeitos: invistam na formação de consórcios

      Recém empossado no cargo, o secretário estadual das Cidades, João Balestra, defende que os prefeitos goianos invistam na formação de consórcios intermunicipais para captar mais recursos do governo federal. Balestra teve a oportunidade de transmitir seu conselho aos prefeitos em reunião com representantes de pelo menos dez cidades na terça-feira (19), no Palácio Pedro Ludovico Teixeira. A comitiva pediu suporte técnico para elaboração de projetos e contratação de convênios.

      Estes consórcios servirão para reordenar o manejo de resíduos sólidos e melhorar o armazenamento de lixo no Estado. Balestra defende a tese de que os resíduos são hoje muito mal administrados e oferecem grave risco ao meio ambiente e à saúde da população. A partir da união de municípios, afirma o secretário, será possível o compartilhamento de aterros sanitários e o mais importante: conseguir verbas federais para lidar com lixo.

      A audiência foi organizada pelo deputado Ney Nogueira (PP). "O esclarecimento é importante, porque boa parte dos prefeitos desconhecem práticas de gestão ambiental e de resíduos sólidos. A maioria deles não está preparada para tratar, de forma adequada, o problema do lixo". 

      Inicialmente, a secretaria sugere a formatação de dez consórcios, que reuniriam cidades agrupadas em torno das oito bacias hidrográficas de Goiás mais a Rede Metropolitana e a Rede no Entorno. Balestra lembrou que os prefeitos têm liberdade para escolher com quem se agrupar. "O governo insiste que é bem mais viável reunir pelo menos 30 municípios em cada consórcio, mas cabe a cada gestor tomar a sua decisão".

      Participaram da audiência prefeitos que já avançaram na formatação de consórcios, como Ailton Severino de Aguiar (PMDB), de Israelândia. Ailton firmou aliança com os vizinhos de Maurilândia, Doverlândia e Jaupaci para manejo do lixo. Montes Claros deve ser incorporado em breve. O prefeito afirma que estava grande a cobrança para que as prefeituras readequassem o manejo do lixo. "Atender à cobrança dos promotores não deu a tranquilidade para trabalhar melhor".

      O prefeito de Acreúna, Rogério Sandim (PTC), apresentou novo viés à abordagem dos consórcios: além de reunir-se com municípios vizinhos, viabilizou a unificação do aterro sanitário compartilhado e agora negocia, com grupo alemão, a exploração do lixo produzido na região. Os alemães, segundo Sandim, oferecem 90 milhões de dólares por 100 toneladas de lixo por dia pelos próximos 25 anos. O grupo tem tecnologia para transformar resíduos sólidos em energia.

      "Todos os municípios enfrentarão, um dia, a crise que enfrentamos em Acreúna", conta Sandim à reportagem. "O lixo se acumulou de tal forma que não tínhamos mais onde depositá-los. Não havia mais área disponível. A montagem do consórcio foi a única alternativa possível". Participaram da audiência representantes de Acreúna, Maurilândia, Doverlândia, Israelândia, Santa Helena e Simolândia.

       

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