Bezerra Coelho sem definições sobre o futuro

Bruna Cavalcanti_PE247 – Indefinição. Talvez seja essa a melhor palavra que explique o atual momento do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB). Em solo recifense, na última segunda-feira (26), o socialista dedicou o dia à concessão de entrevistas aos três jornais locais. Saldo? Um balanço positivo sobre o seu período à frente do ministério e muito mistério sobre a possibilidade de deixar a pasta para concorrer à Prefeitura do Recife, nas eleições do próximo ano.

Como já havia afirmado em diversas ocasiões ao PE247, Bezerra Coelho disse que a sua possível candidatura a prefeito da capital pernambucana faz parte de uma convocação do PSB e é também foi uma forma encontrada pelo seu partido de se posicionar no debate sobre a sucessão na capital. “Essa instabilidade ou insegurança decorre em função da indefinição do PT. Na medida em que próprio PT não tomou uma decisão clara em relação ao assunto, isso permitiu que outras forças políticas pudessem se posicionar. O PSB se posicionou com o meu movimento”, afirmou em entrevista ao Diario de Pernambuco.

Mesmo com essa postura firme ao falar sobre a sucessão de 2012, Bezerra Coelho dá a entender que continuará mesmo à frente do Ministério. Segundo o socialista, depois da mudança de domicílio eleitoral (trocou Petrolina pelo Recife, em outubro), se encontrou com a presidente Dilma Roussef por três vezes e, em nenhum momento, eles conversaram sobre a possibilidade de sua saída. “O que posso registrar é que a presidente tem dado muito apoio às ações que estou desenvolvendo no ministério”, enfatizou.

Apesar dos problemas enfrentados este ano – o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) chegou a entrar com um requerimento, na Câmara Federal, pedindo a convocação do ministro para explicar os recorrentes atrasos nas obras de transposição do rio São Francisco - Bezerra Coelho se mostrou bastante entusiasmado com as atividades no Ministério. “Apesar das dificuldades, a obra mobiliza 3.900 pessoas e recebeu investimentos de R$ 600 milhões neste ano. Concluímos todos os projetos executivos, lançamos dois lotes que não tinham sido iniciados. Quando a gente fala 2014 é porque dá para fazer em 2014”, explicou.

O Ministério da Integração tem R$ 14,5 bilhões reservados no Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC2). No entanto, apenas o Estado de Pernambuco deverá receber, nos próximos três anos, R$ 2 bilhões.