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BH é a capital dos bares. Será mesmo?

De um lado, moradores que no querem o barulho nas noites e madrugadas. Do outro, aqueles que acreditam que a capital mineira est muito conservadora ao impor restries exageradas. Uma das leis vai obrigar os bares a fecharem 23h. Tambm cada vez mais difcil fazer festas e atividades culturais nas ruas. Belo Horizonte est muito provinciana?

BH é a capital dos bares. Será mesmo? (Foto: Divulgação)
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Minas 247 - Sem praia e sem o atrativo das cidades históricas de Minas, Belo Horizonte não tem grandes atrativos turísticos. Mas driblou essa lacuna ganhando ao longo dos tempos o apelido de “capital dos bares”. Leis restritivas propostas nos últimos anos, porém, trazem revolta aos donos dos botequins da cidade. Além deles, promotores culturais também criticam uma certa má vontade do poder público em liberar alvarás para promoção de eventos culturais e festivos nas ruas. Belo Horizonte está muito provinciana?

O assunto rende muito nas redes sociais, ruas e, claro, mesas de bar de BH. Moradores de bairros com grande número de bares tendem a defender as leis restritivas, uma vez que se julgam incomodados sobretudo com o barulho altas horas da noite. Os frequentadores dos bares e seus donos, por outro lado, não aceitam e temem prejuízos.

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A mais recente polêmica é no bairro de Lourdes, uma área nobre de Belo Horizonte ocupada pelos mais sofisticados bares e restaurantes da capital. Um projeto de lei quer transforma-lo em uma Área de Diretrizes Especiais (ADE). Na prática, se aprovado, o projeto limitará muito o uso de calçadas por bares e restaurantes da região. As mesas teriam de ser retiradas à meia-noite nas sextas e sábados e às 23h nos demais dias da semana.

A Associação de Moradores do Bairro de Lourdes apóia integralmente a aprovação da lei. Os donos de bares temem problemas. “Não temos condição nenhuma de começar a fechar as contas e não receber mais ninguém às 22h”, disse ao jornal O Tempo, de Betim, o representante da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Leonardo Marques.

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A polêmica supera os bares e invade outras searas. Em Belo Horizonte, nos últimos anos, aumentou o número de restrições ao uso do espaço público da cidade pela população. Em março passado, a associação de moradores do bairro Mangabeiras chegou a acionar o Ministério Público mineiro para impedir a realização da festa de Saint Patrick’s Day na cidade.

Em dezembro de 2009, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) assinou decreto proibindo a realização de qualquer evento na Praça da Estação, na região central. Teve de recuar depois, mas enfrenta desde então protestos de belo-horizontinos que pedem maior uso do espaço público da cidade pelos próprios moradores. Aos sábados, vários deles participam da Praia da Estação com uma pergunta na ponta da língua: “A quem interessa que os espaços públicos sejam apenas pontos de passagem e consumo?” Os participantes vão à praça com roupas de banho, cadeiras de praia e guarda-sóis. Lá, além da diversão, há debates sobre questões relativas à cidade.

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Ao 247, o promotor cultural Welbert Ramos, conhecido no meio como Bart Ramos, também acha que há exagero nas restrições. Ele está tentando obter autorização para um festival de música no bairro Santa Efigênia (zona leste da capital), mas não teve sucesso até agora. “É claro que ninguém é a favor da depredação do patrimônio público, pelo contrário”, diz Ramos. “Mas existe também a preservação da alma dos moradores, da cultura da cidade.”

A recente reforma da região da Savassi, também famosa pelos bares, prevê o atendimento dessa demanda. A reforma tem inauguração prevista para o próximo dia 12 e estabelece, no quadrilátero das imediações da praça Diogo de Vasconcelos, vias fechadas ao trânsito de carros e abertas para mesas de bares.

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