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      Blatter: Incidente na Sul-Americana é alerta para Copa

      Os jogadores do Tigre se recusaram a subir para o campo após o intervalo alegando brutalidade policial, deixando o título da competição com o São Paulo e aumentando as preocupações com a segurança para o Mundial de 2014

      Blatter: Incidente na Sul-Americana é alerta para Copa
      Rodolfo Borges avatar
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      Por Alistair Himmer

      TÓQUIO, 15 Dez (Reuters) - O abandono da final da Copa Sul-Americana na última quarta-feira após acusações chocantes de que a polícia havia apontado armas a jogadores da equipe argentina do Tigre deve servir de alerta aos organizadores da Copa do Mundo do Brasil, afirmou o presidente da Fifa, Joseph Blatter, no sábado.

      Os jogadores do Tigre se recusaram a subir para o campo após o intervalo alegando brutalidade policial, deixando o título da competição com o São Paulo e aumentando as preocupações com a segurança para o Mundial de 2014.

      O incidente aconteceu momentos depois de uma briga que envolveu jogadores e autoridades enquanto as equipes deixavam o campo no final da primeira etapa de jogo.

      "No futebol há tantas emoções e tanta paixão que as vezes não é possível controlar", disse Blatter a jornalistas em Tóquio depois de uma reunião do comitê executivo da Fifa.

      "Mas depois de um incidente assim, devo dizer que isso é também um alerta para os organizadores da Copa do Mundo", acrescentou Blatter, 18 meses antes do torneio. "É um aviso para todos os organizadores sobre o que pode acontecer".

      Acusações de que um policial teria apontado um revólver no peito do goleiro Damian Albil foram as últimas em uma série de polêmicas envolvendo a polícia brasileira em partidas de futebol.

      Blatter disse que a responsabilidade pela segurança na Copa do Mundo é dos organizadores e das autoridades locais e não da Fifa.

      "A segurança não é de responsabilidade da organização esportiva", disse Blatter antes da final do Mundial de Clubes entre Chelsea e Corinthians em Yokohama.

      "A segurança é definitivamente um dever das autoridades, sejam elas a polícia, o exército, ou quem mais for. Não temos poder no futebol para nos metermos em segurança."

      "O que podemos fazer é emitir diretrizes e ter um oficial de segurança no local, mas no final a responsabilidade é sempre da polícia e do exército. É uma pena que não tivemos a segunda etapa do jogo, mas pode acontecer no futebol", disse.

      "Você tem 300 milhões de pessoas ao redor do mundo praticando esse esporte, ou envolvidos no jogo de alguma maneira, e ele será mesmo tocado em algum momento pelos vilões na nossa sociedade."

      "Nós não somos a origem da violência. A origem da violência está na sociedade."

      Blatter também saudou as preparações da Rússia para a Copa de 2018, depois que a Fifa escolheu o estádio Luzhniki, em Moscou, para a sede da final do torneio.

      "Em fevereiro eu começo meu trigésimo oitavo ano na Fifa", afirmou o suíço de 76 anos de idade. "Eu nunca vi uma preparação como a da Rússia para 2018, o entusiasmo é muito grande".

      Onze cidades russas receberão jogos da Copa do Mundo de 2018, e Moscou terá dois estádios na competição.

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