Bloco de Luta lidera nova manifestação na Capital
O Bloco de Luta pelo Transporte Público fez um protesto na Capital devido ao aumento da passagem para R$ 3,75; depois de uma batalha judicial, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a liminar que barrava o reajuste, e, desde o dia 30 de março, a tarifa de R$ 3,75 está em vigor; o grupo se concentrou em frente à Prefeitura de onde partiu em caminhada por ruas centrais de Porto Alegre; com faixas como "R$3,75, o povo não aguenta" e "Estudantes contra o aumento", os manifestantes cantaram no trajeto: "É tri caro, é tri demorado, ainda por cima é tri lotado"
Jaqueline Silveira, Sul 21 - O Bloco de Luta pelo Transporte Público fez, no começo da noite desta segunda-feira (4), um protesto na Capital devido ao aumento da passagem para R$ 3,75. Depois de uma batalha judicial, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a liminar que barrava o reajuste, e, desde o dia 30 de março, a tarifa de R$ 3,75 está em vigor.
O grupo se concentrou em frente à Prefeitura de onde partiu em caminhada por ruas centrais de Porto Alegre. Com faixas como “R$3,75, o povo não aguenta” e “Estudantes contra o aumento”, os manifestantes cantaram no trajeto: “É tri caro, é tri demorado, ainda por cima é tri lotado.” Além da crítica à falta de qualidade do serviço prestado, o prefeito José Fortunati (PDT) foi alvo do grupo: “Dança Fortunati, dança até o chão, vamos mais uma vez barrar o aumento do buzão.” Ao passarem por paradas lotadas, os manifestantes convidavam os usuários a se juntar ao protesto contra o aumento.
Esse é o sexto ato do Bloco de Luta neste ano. Representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da comissão organizadora do protesto, Júlio Câmara afirmou que, talvez, o bloco tenha de avaliar o método de manifestações de rua para evitar o desgaste e pensar em outras alternativas, como debate em escolas e ocupações, para questionar o reajuste da tarifa e a melhoria do transporte público. “Esse é um debate que tem de continuar, o novo sistema de transporte é uma lorota. A nova tarifa não reflete melhorias no serviço. Os ônibus novos nem todos têm ar-condicionado”, argumentou o estudante, que também é integrante do coletivo Juntos.
Em fevereiro, entrou em vigor o novo sistema de transporte público da Capital, a partir da primeira licitação que previa melhorias, contudo o serviço é prestado pelas mesmas concessionárias que operacionalizavam o sistema antes do processo e continua sendo alvo de reclamações dos usuários. Câmara afirmou, ainda, que a discussão tem de ser permanente, já que a nova tarifa não “foi amplamente discutida com a comunidade.”
