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Blogueiro da Record compara Bresser a Aécio

Rodrigo Vianna, ex-Globo e agora jornalista da TV do bispo Edir Macedo, faz um curioso paralelo entre o antigo tucano e o atual senador mineiro: Bresser elogiou, na Folha, a estatizao da YPF pela presidenta argentina Cristina Kirchner; J Acio fez, no mesmo jornal, a defesa do legado das privatizaes

Blogueiro da Record compara Bresser a Aécio (Foto: Montagem/247)
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Minas 247 - Dois artigos publicados hoje no jornal Folha de S. Paulo tratam, embora com foco diferente, do mesmo assunto: as privatizações. Em um deles, Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso e um dos fundadores do PSDB, defende a presidenta argentina Cristina Kirchner das variadas críticas que recebeu em todo o mundo, depois que decidiu estatizar a petroleira YPF. Em outro, o articulista Aécio Neves, senador e ex-governador mineiro, defende o legado das privatizações feitas no Brasil.

Há propriedade em comparar os dois casos, um na Argentina, outro no Brasil? Para Vianna, que deixou a Globo no fim de 2006 e fez críticas fortes à cobertura da rede nas eleições presidenciais daquele ano, os dois textos mostram duas formas diferentes de ver a questão: a de Aécio estaria revelando uma “mente colonizada”, enquanto Bresser mostraria preocupação com a “soberania nacional”.

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A cada dia os jornalistas mais críticos ao PSDB na internet vão mudando o foco: sai José Serra e entra Aécio Neves.

Leia o texto de Rodrigo Vianna:

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Aécio Neves, Bresser e a privataria tucana

A Folha de hoje traz dois artigos que tratam das privatizações. Aécio Neves, o provável presidenciável tucano em 2014, defende de forma apaixonada a venda das estatais no reinado de FHC. Já o economista Bresser Pereira, que recentemente se desfiliou do PSDB, elogia a atitude corajosa da presidenta Cristina Kirchner de reestatizar a empresa de petróleo da Argentina, a YPF.

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Enquanto o primeiro revela toda a sua mentalidade colonizada, o segundo demonstra preocupação com a questão da soberania nacional. Para o senador mineiro, a entrega do patrimônio público inseriu o Brasil no paraíso da globalização neoliberal. “Há 250 milhões de celulares em uso no país”, festeja, bajulando FHC pela “coragem de desencadear o processo de privatização da telefonia”.

Ele nada fala sobre os péssimos serviços prestados pelas teles, a maioria multinacionais, hoje recordistas de queixas no Procon. Ele também não critica estas empresas, que reduziram os investimentos no país e aumentaram as remessas de lucros para salvar suas matrizes na falida Europa. O artigo serve apenas para elogiar “a coragem” do PSDB e para demonizar os críticos da privatização.
Maroto, o mineiro conclui o seu artigo afirmando que “as restrições ideológicas à privatização são, hoje, página virada na história do país. Vide, por exemplo, as concessões iniciadas, ainda que tardiamente, para a administração dos aeroportos. Incoerências à parte, resultados como esse deveriam inspirar quem tem responsabilidade de governar”. Pura conversa mole!
O debate sobre o tema não está encerrado. Além de analisar os prejuízos causados pela entrega de estatais em áreas estratégicas, é preciso apurar a roubalheira que contaminou todo o processo. O livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro, dá importantes pistas sobre a lavagem do dinheiro da corrupção. Aécio Neves teme que este debate seja retomado no Brasil.

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Na Argentina, a presidenta Cristina Kirchner teve a coragem de reabrir a ferida. Diante da rapinagem da Repsol, que não perfurou um poço de petróleo nos últimos anos e aumentou a remessa de lucros para a Espanha, o governo do país vizinho reestatizou este setor estratégico. Bresser Pereira, no extremo oposto ao de Aécio Neves, não tem dúvida de que “a Argentina tem razão”.

Apesar da gritaria do governo espanhol, dos rentistas e de “alguns jornalistas”, o ex-tucano é taxativo. “Não faz sentido deixar sob controle de empresa estrangeira um setor estratégico para o desenvolvimento do país como é o petróleo, especialmente quando essa empresa, em vez de reinvestir seus lucros e aumentar a produção, os remetia para a matriz espanhola”.

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