Bolsa Futuro vai qualificar 500 mil goianos até 2014
Meta do Governo de Goiás é evitar apagão de mão de obra como resultado da rápida expansão e geração de empregos da economia do Estado
Goiás247 - Com Goiás na liderança nacional em geração de empregos, o Governo do Estado corre para evitar falta de mão de obra qualificada. Foi com esse objetivo que o governo Marconi Perillo criou e está implantando o Bolsa Futuro, o maior programa estadual de qualificação profissional do País. A meta da ação é preparar 500 mil goianos para as vagas de trabalho geradas pela rápida expansão da economia goiana. O programa é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sectec).
O foco do Bolsa Futuro são os trabalhadores com menor poder aquisitivo, justamente aqueles com maior dificuldade de acesso aos cursos de qualificação profissional. Para isso, a Sectec criou uma modalidade especial de profissionalização por meio do Bolsa Futuro, que prevê, além oferta de cursos totalmente gratuitos, o pagamento de um incentivo financeiro mensal de R$ 75,00 por matriculado, que servirá como estímulo à qualificação e inibidor da evasão. A primeira turma, com 50 mil alunos, deve começar os cursos até o final do mês que vem. Serão 200 mil matriculados nessa modalidade até 2014.
Paralelamente, o programa vai qualificar outros 300 mil goianos para o mercado de trabalho por meio da aplicação de cursos sem o incentivo financeiro. Atualmente, a estrutura já existe forma 70 mil alunos por ano, nas mais diferentes áreas, de informática básica, à enfermagem, passando por química, administração, língua portuguesa e contabilidade. Para atingir a meta de 300 mil matrículas até 2014, a Sectec está ampliando as vagas e criando novos cursos, como os de Qualificação em Línguas, com previsão de 20 mil vagas para cursos de inglês e espanhol.
Na prática, todo o programa de qualificação profissional do Estado passou a se denominar Bolsa Futuro a partir deste ano. Somados os cursos aplicados no ano passado, que incluem qualificação em artes – por meio do Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França/Veiga Valle – o Governo de Goiás vai preparar 570 mil goianos para o mercado de trabalho até o final da atual administração (70 mil alunos passaram pelos cursos de qualificação profissional da Sectec no ano de 2011).
"Goiás cresce acima da média nacional, liderou a geração de empregos no primeiro semestre de 2012, mas segundo as últimas pesquisas sobre formação de mão de obra, é apenas o 17º Estado, proporcionalmente, em termos de qualificação profissional", diz o secretário de Ciência e Tecnologia, Mauro Faiad, citando os números do Cadastro Geral de Empregos (Caged), do Ministério do Trabalho, que apontou expansão de quase 7% na geração de postos de trabalho com carteira assinada no Estado no primeiro semestre, na liderança no País. "Sem o Bolsa Futuro, Goiás viveria um verdadeiro apagão de mão de obra no curto prazo", conclui o secretário.
De acordo com dados do Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta segunda- feira (23 de julho), Goiás teve a maior taxa de crescimento na geração de empregos com carteira assinada, com 6,87% de expansão no período, com a criação de 74.176 postos de trabalho. Em seguida vieram Tocantins, com expansão de 5,97% e, bem atrás, na terceira posição, o Acre, com 3,88%.
Para cumprir a meta de qualificar 500 mil goianos e, assim, evitar a nada animadora previsão de apagão de mão de obra, a Governo de Goiás, através da Sectec, está ampliando drasticamente sua presença no Estado. Até o início da implantação do Bolsa Futuro, no início deste ano, a secretaria estava presente em 12 municípios, por meio de 13 Centros de Educação Profissional (CEPs) – dois deles em Goiânia. Com a implantação dos cursos com incentivo financeiro, a secretaria vai ampliar sua presença para 54 municípios ao todo. Assim, todos os municípios com mais de 30 mil habitantes terão unidades de qualificação profissional, em todas as regiões do Estado.
Os cursos com incentivo financeiro serão abertos em 42 municípios além dos 12 onde já havia os chamados CEPs. Os cursos com previsão de pagamento dos R$ 75,00 atraíram 52 mil inscrições para as 50 mil vagas previstas para 2012. Em alguns municípios, já há fila de espera pelas vagas do ano que vem. Em 2013, serão mais 75 mil vagas, 15 mil a mais que neste ano. Outras 75 mil serão criadas em 2104 – fechando, assim, a meta de 200 mil vagas com o incentivo financeiro. O incentivo financeiro será pago via conta corrente. Os alunos matriculados terão contas correntes abertas na Caixa Econômica Federal, responsável pelas contas-salário dos servidores estaduais, para sacar, sem custos ou taxas, o benefício mensalmente.
Essa modalidade é destinada para cidadãos que atenderam a dois pré-requisitos de renda: pertencer a família beneficiária do Bolsa Família ou Renda Cidadã ou com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. "São exatamente esses goianos que têm mais dificuldade em fazer os cursos de qualificação profissional, por falta de recursos mesmo", observa o secretário Mauro Faiad. "Com o Bolsa Futuro, além da garantia do curso gratuito, o aluno matriculado poderá usar o benefício financeiro para custear pequenas despesas, como transporte, material didático além daquele oferecido pelo programa, ou mesmo sua alimentação", diz Faiad.
São 10 as opções de cursos para os alunos matriculados na modalidade do Bolsa Futuro com direito ao incentivo financeiro: técnico de vendas; secretariado e rotinas administrativas; recepção de hotel e atendente de bar; reprodução animal e produtividade do gado bovino leiteiro; técnicas agrícolas; destilador de álcool; cuidador de idosos e crianças; porteiro e zelador; básico em eletricista e encanador; e caldeireiro. "São cursos para todos os setores da economia, exatamente como vem exigindo o mercado de trabalho em Goiás, que cresce em todos os segmentos", explica o secretário. Os cursos sem incentivo financeiro também são gratuitos e há mais de 80 opções, dependendo do CEP ou da região em que o aluno está matriculado (mais informações no site da Sectec).
"Eu tenho percorrido Goiás de ponta a ponta para implantar o Bolsa Futuro e aonde eu vou a reclamação é a mesma: a de que os melhores empregos e salários existem, mas eles têm ficado com trabalhadores de outros Estados. O Bolsa Futuro vem para ajudar a mudar isso", diz Mauro Faiad. "Com o crescimento da economia, temos de levar a qualificação profissional principalmente para a população com menor poder aquisitivo, porque a economia irá buscar esses profissionais em função desse crescimento acelerado de Goiás. Essa é uma oportunidade para que as pessoas melhorem de vida", diz o secretário de Ciência e Tecnologia.
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