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      'Brasil tem desafio de escoar safra pelo Norte'

      Em viagem oficial a Tóquio, a ministra Kátia Abreu apresentou nesta segunda-feira, 6, o potencial de investimento em obras de infraestrutura no país durante seminário com empresários japoneses na Confederação das Indústrias do Japão; "56% de toda a soja e milho do país já é produzida acima do paralelo 16, no chamado Arco Norte. Mas hoje, infelizmente, toda essa produção tem que ir de caminhão até os portos de Santos [SP] ou de Paranaguá ([R]", disse Kátia; o governo do Japão informou à ministra que enviará técnicos ao Brasil para visitar laboratórios, frigoríficos e fazendas com o objetivo de acelerar a liberação da entrada do produto brasileiro no Japão

      Em viagem oficial a Tóquio, a ministra Kátia Abreu apresentou nesta segunda-feira, 6, o potencial de investimento em obras de infraestrutura no país durante seminário com empresários japoneses na Confederação das Indústrias do Japão; "56% de toda a soja e milho do país já é produzida acima do paralelo 16, no chamado Arco Norte. Mas hoje, infelizmente, toda essa produção tem que ir de caminhão até os portos de Santos [SP] ou de Paranaguá ([R]", disse Kátia; o governo do Japão informou à ministra que enviará técnicos ao Brasil para visitar laboratórios, frigoríficos e fazendas com o objetivo de acelerar a liberação da entrada do produto brasileiro no Japão (Foto: Aquiles Lins)
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      Tocantins 247 - Em viagem oficial a Tóquio, a ministra Kátia Abreu afirmou nesta segunda-feira, 6, que o Brasil tem o desafio de escoar a produção agropecuária pela Região Norte. Ela apresentou o potencial de investimento em obras de infraestrutura no país durante seminário com empresários japoneses na Confederação das Indústrias do Japão – Keidanren.

      "O grande objetivo é escoarmos nossa produção pelos portos do Norte do país para chegar mais facilmente à Ásia e a Rotterdam. Cinquenta e seis por cento de toda a soja e milho do país já é produzida acima do paralelo 16, no chamado Arco Norte. Mas hoje, infelizmente, toda essa produção tem que ir de caminhão até os portos de Santos [SP] ou de Paranaguá ([R]", disse Kátia Abreu para cerca de 40 empresários japoneses.

      "Nosso principal desafio é fazer o oposto: escoar nossos grãos pelos portos do Norte, como os de Belém, de Itaqui e de Vila do Conde, o que também vai ajudar a descongestionar o Sul e Sudeste. Temos trabalhado fortemente para mudar essa realidade", completou.

      Kátia Abreu destacou o lançamento do Programa de Investimento em Logística, lançado no mês passado pelo governo federal. O plano prevê investimento de R$ 198,4 bilhões para modernizar aeroportos, rodovias, ferrovias e portos.

      De acordo com a ministra, o Brasil está "de portas abertas" para que empresas do Japão participem do programa de concessões.

      Japão vai acelerar importação de carne brasileira

      O governo do Japão informou nesta segunda-feira à ministra Kátia Abreu que enviará técnicos ao Brasil para visitar laboratórios, frigoríficos e fazendas com o objetivo de acelerar a liberação da entrada do produto naquele país.

      O Ministério da Agricultura cumpriu a penúltima das sete etapas previstas para a liberação de carne bovina termoprocessada, que está embargada pelo Japão desde dezembro de 2012 devido a um caso atípico de vaca louca registrado na época.

      Os ministérios da Agricultura e da Saúde do Japão receberam nesta segunda-feira os documentos de análise de risco que estavam pendentes. A próxima etapa é a abertura de uma consulta pública de 30 dias, que será realizada paralelamente à inspeção a frigoríficos, laboratórios e fazendas no Brasil.

      A ministra japonesa, que cuida das barreiras sanitárias relacionadas a doenças transmissíveis ao homem, disse que encaminhará o assunto de forma "proativa". "Hoje trocamos muitas informações importantes em nível técnico. Gostaríamos de dar andamento a essa discussão de forma proativa e continuar com a discussão para liberar a importação de carne", disse Nagaoka durante a reunião.

      Matopiba

      A ministra Kátia Abreu ainda destacou as oportunidades de investimento no Matopiba (região formada por partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). O governo brasileiro tem interesse em firmar parcerias com a Agência Internacional de Cooperação do Japão (JICA) para o desenvolvimento do local.

      "O Matopiba é a última fronteira agrícola em expansão no mundo. Enquanto no Brasil a produção de grãos cresce 5% por ano, o Matopiba registra 18%", observou.

      O presidente do Sub-Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, Takao Omae, elogiou o programa de logística brasileiro e destacou os 120 anos de cooperação entre ambos os países.

      "A indústria japonesa continua mantendo grande interesse na economia do Brasil e gostaria de contar com estreita relação de cooperação", disse o empresário.

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