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Brasileiras estão evitando gravidez por medo do Zika, diz estudo

Estudo feito pela Universidade de Brasília com 2 mil mulheres urbanas e alfabetizadas de 18 a 39 anos de idade mostra que mais da metade disseram ter evitado ou tentado evitar a gravidez por causa da epidemia de Zika; só 27 por cento afirmaram não ter tentado evitar uma gestação por esse motivo; até agora, o Brasil foi o país mais afetado, com mais de 2.200 casos registrados de microcefalia

Brasileiras estão evitando gravidez por medo do Zika, diz estudo (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
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LONDRES (Reuters) - O Brasil deveria revisar com urgência suas políticas pública para a saúde reprodutiva, disseram cientistas nesta sexta-feira, para apoiar as mais de 50 por cento de mães em potencial que dizem querer evitar uma gravidez por medo do Zika vírus.

Ao publicar resultados de estudos que indicam que muitas mulheres temem o Zika, que pode causar defeitos de nascença graves nos bebês de mulheres infectadas na gestação, os pesquisadores disseram que o Brasil deveria fazer mais para garantir o acesso a anticoncepcionais seguros e eficazes e cogitar a revogação da proibição do aborto.

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"O governo brasileiro precisa colocar a preocupação com a saúde reprodutiva no centro de sua reação (ao Zika), inclusive revendo sua criminalização contínua do aborto", disseram os especialistas de saúde, liderados por Débora Diniz, da Universidade de Brasília, no periódico científico Journal of Family Planning and Reproductive Health Care.

O Zika, uma doença viral transmitida por mosquitos, já se disseminou em mais de 60 países e territórios desde que o surto atual foi identificado no ano passado no Brasil, causando alarme devido à sua capacidade de causar microcefalia, uma má formação craniana, e outras doenças neurológicas.

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Até agora o Brasil foi o país mais afetado, com mais de 2.200 casos registrados de microcefalia.

A equipe liderada pela pesquisadora realizou uma pesquisa nacional em junho de 2016 usando entrevistas feitas pessoalmente para coletar dados sobre saúde reprodutiva e gravidez e uma urna secreta para obter informações relacionadas a experiências de aborto. Os dados foram recolhidos junto a 2.002 mulheres urbanas e alfabetizadas de 18 a 39 anos de idade.

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Mais da metade das entrevistadas disse ter evitado ou tentado evitar a gravidez por causa da epidemia de Zika, mostraram os resultados, e só 27 por cento afirmaram não ter tentado evitar uma gestação por esse motivo.

Outras 16 por cento disseram não estar planejando uma gravidez independentemente do vírus.

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(Por Kate Kelland)

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