Brasileiros sofrem com alta dos alimentos
Comida deve ficar 10% mais cara este ano e pressiona inflação; fseca nos Estados Unidos e no Brasil contribuiu para aumento do preço de alguns itens; em goiânia o grupo alimentício fez com que a inflação crescesse e hortaliças e legumes foram os que tiveram maior aumento, de quase 15%
Goiás 247_ O preço de alguns alimentos não para de subir e quem sofre é o consumidor que vê esta alta pressionar a inflação. O que faz com que a inflação desse grupo de produtos, que pesa mais de 20% no orçamento das famílias, ficar em 8,84% nos 12 meses encerrados em agosto, contra 5,24% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o índice oficial do País.
A forte seca enfrentada pelos Estados Unidos pressionou os preços no atacado de milho e soja, mostrando agora seus efeitos com força no varejo. Em Goiânia a alta dos alimentos pressionou a inflação de agosto.
O grupo que mais contribuiu para a formação do índice inflacionário na capital goiana no mês passado foi o da alimentação, com taxa de 1,98%. Os preços de vários alimentos continuaram a subir, com destaque para hortaliças e legumes (14,28%), raízes e tubérculos (7,58%), carne suína (8,13%) e aves e ovos (6,03%). A alimentação no domicílio aumentou 1,79%, e a alimentação fora do domicílio teve alta de 2,54%, com destaque para o almoço a peso (3,41%).
Reportagem do O Globo mostra que o frango subiu com a alta do preço do milho no atacado (só em agosto, o grão subiu 20,33%), o que aumenta o valor das rações. O frango inteiro já subiu 2,02% em agosto e, nos 30 dias terminados em 7 de setembro, a alta é de 3,29%.
O custo maior do trigo no atacado, reflexo de uma quebra de safra em alguns países da Ásia, fez subir o preço do pão francês (1,43% em agosto, e 2,29% nos últimos 30 dias). E a alta da soja no atacado (14,89% em agosto) elevou o preço do óleo de soja de 2,12% para 2,31% nessa comparação feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A colheita de arroz também sofreu com problemas climáticos do Brasil. Assim, o preço já subiu 3,98% nos últimos 30 dias. E a pressão não deve diminuir. No atacado, a saca de 30 quilos subiu de R$ 60, há um mês, para R$ 80 nos últimos dias.
É esperado também o aumento das carnes. Reportagem do O Globo mostra que os frigoríficos estão tentando impor aumento R$ 0,30 nas carnes de segunda e de R$ 0,20, nas de primeira. Em outubro e novembro, começa a entressafra e essa pressão deve aumentar.
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