Busca e apreensão no comitê de Carlaile em Betim
A Justiça Eleitoral de Minas Gerais apreendeu 25 volumes de documentos de prestação de serviços e de aluguel de veículos para a campanha do tucano Carlaile Pedrosa à Prefeitura de Betim; candidato responde a uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije) sob acusação de pagar R$ 280 – em duas parcelas, antes e depois das eleições – a carroceiros, em troca de apoio político
Minas 247
A Justiça Eleitoral de Minas Gerais cumpriu mandado de busca e apreensão no comitê de Carlaile Pedrosa (PSDB) e apreendeu 25 volumes de documentos de prestação de serviços e de aluguel de veículos para sua campanha à Prefeitura de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Ação tem objetivo de apurar um suposto esquema de compra de votos, revelado em um vídeo que circula na internet. A operação foi determinada pelo juiz Maurício Soares. De forma preliminar, ele acredita que as imagens não podem ser consideradas ilícitas, pois o vídeo "foi realizado em ambiente com grande número de pessoas, inclusive em local tumultuado e a portas abertas, conforme se verifica da gravação", afirmou na sentença.
Carlaile Pedrosa responde a uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije) no cartório eleitoral de Betim sob acusação de pagar R$ 280 – em duas parcelas, antes e depois das eleições – a carroceiros, em troca de apoio político.
O vídeo exibe uma correligionária de Carlaile em encontro com carroceiros. Nas imagens, ela retira do envelope um maço de dinheiro. Com uma lista de 98 nomes, faz os pagamentos. Um dos seus auxiliares comenta: "Tem 98 aqui na lista. Mas já pagou 120 pessoas". Alguém explica que naquele local só estão sendo pagos os carroceiros.
A ação em tramitação na Justiça Eleitoral foi ajuizada pela coligação encabeçada pela principal adversária de Carlaile, a prefeita Maria do Carmo Lara (TRE), que tenta a reeleição. Como em primeira instância foi negada a busca e apreensão dos documentos, os advogados recorreram ao TRE, onde conseguiram a liminar para acessá-los.
O juiz Maurício Soares, no entanto, negou o segredo de Justiça pedido pelos advogados da petista sob o argumento que a parte contrária – no caso, os aliados de seu adversário – "ao tomar conhecimento dos termos de denúncias, certamente tomarão providências para desconstituir os fatos denunciados, tais como: instruindo testemunhas, escondendo contratos, alterando contratos ou celebrando novos contratos com data retroativa".
"Quanto ao segredo de Justiça em Aije, verifico que a regra é a publicidade dos atos processuais e não o segredo de Justiça", afirmou o magistrado.
No fim de semana, Carlaile Pedrosa negou em entrevista ao Estado de Minas a acusação de compra de votos e alegou que os "carroceiros" são cabos eleitorais contratados pelo vereador Rener da Pastoral (DEM) para trabalhar na campanha.
"Isso não é compra de votos. A legislação eleitoral permite você pagar em dinheiro até R$ 1.064,10 aos cabos eleitorais. É só olhar a legislação. O dinheiro pago aos carroceiros é contratação", afirmou. Com informações de O Estado de Minas.
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