Buti diz que Sandoval está "desconectado da realidade"
Presidente da Comissão de Transição do governo, Herbert "Buti" Barros, respondeu nesta sexta-feira, 19, as críticas do governador Sandoval Cardoso (SD) ao relatório que aponta uma dívida de R$ 4 bilhões do governo do Estado; "As informações que constam no relatório foram repassadas à comissão pela equipe do atual governo", rebateu Buti; Sandoval disse que seu governo não contraiu dívidas e que dívida bilionária é "marketing" e "discurso de quem não está interessado em mostrar serviço"; governador classificou ainda como "sensacionalismo" a ação do Ministério Público sobre "farra" nas promoções da Policia Militar
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Tocantins 247 - O presidente da Comissão de Transição do governo do Estado e futuro secretário geral de Governo, Herbert "Buti" Barros, respondeu nesta sexta-feira, 19, as críticas do governador Sandoval Cardoso (SD) ao relatório sobre a situação administrativa e financeira do governo do Estado, entregue ao governador eleito Marcelo Miranda (PMDB). Documento aponta uma dívida de R$ 4 bilhões do governo do Estado.
"As informações que constam no relatório final da transição foram repassadas à comissão pela equipe do atual governo. As críticas feitas pelo governador Sandoval Cardoso só demonstram, mais uma vez, que ele está desconectado com a realidade do Tocantins", rebateu Buti, em nota enviada à imprensa.
Sobre a divulgação das informações da sua gestão, Sandoval Cardoso disse nesta sexta-feira que a divulgação do valor da dívida é uma estratégia da próxima gestão para culpar seu governo. “Se existe dívida externa essa divida foi contraída ao longo dos anos. Isso não é notícia. Eu sinceramente não sei se soma R$ 4 bilhões, mas sei que no meu período de oito meses nós não contraímos dívida. No período do Marcelo, de sete anos, com certeza ele contraiu divida que estou pagando e nunca fui na imprensa falar que tinha dívida”, criticou Sandoval ao Conexão Tocantins (leia aqui).
Sandoval negou que tenha havido "farra" nas promoções de policiais militares apontada pelo Ministério Público Estadual e classificou a atuação do órgão como "sensacionalismo". “Me doei para o Estado nos últimos meses igual um servo, trabalhei, fiz muita coisa que em quatro anos muitos não fizeram. Que sensacionalismo é esse?”, disse. Ele contou que ainda não recebeu R$ 16 milhões que o governo federal tem que repassar para a Saúde e mais R$ 40 milhões de acréscimo no FPE.
Ao CT, Sandoval Cardoso também não poupou críticas à divulgação da situação do governo do Estado, defendeu que o Tocantins tem uma baixa capacidade de endividamento e que o problema da administração seria a folha de pagamento. “Ele [Marcelo] deve ter juntado todas as dívidas desde a fundação do Estado, inclusive as das outras gestões dele. Essa conversa de dívida é discurso de quem não está interessado em mostrar serviço", afirmou o governador (leia aqui).
Sandoval defendeu que o governo precisa terceirizar a saúde - proposta combatida por entidades de classe - para reduzir a folha em R$ 50 milhões por mês. “Se o próximo governador fizer isso, o que não fiz por falta de tempo e pelo momento eleitoral, não precisará fazer cortes de pessoal. A única saída para a gestão da saúde é a terceirização. Claro que para uma empresa idônea, mas essa é a única saída possível”, garantiu.
Leia na íntegra a nota da Comissão de Transição.
"NOTA
A respeito das declarações divulgadas pela imprensa questionando os dados apresentados pela Comissão de Transição do Governador Eleito Marcelo Miranda, cabe esclarecer que as informações que constam no relatório final da transição foram repassadas à comissão pela equipe do atual governo.
As críticas feitas pelo governador Sandoval Cardoso só demonstram, mais uma vez, que ele está desconectado com a realidade do Tocantins.
HERBERT BRITO BARROS
Pres. da Comissão de Transição"
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