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Caça ilegal ameaça Parque da Serra da Capivara

A sua pior crise financeira, o Parque Nacional a Serra da Capivara, no Piauí, está ameaçado pela caça ilegal. As pinturas rupestres de 10 mil anos atrás já retratavam a caça de veados, capivaras, onças, emas e tatus pelos homens pré-históricos e, atualmente, a carne de tatus, mocós (um roedor local) e aves como o jacu é apreciada por muitos moradores, especialmente os de comunidades mais isoladas; os caçadores revendem a carne no mercado negro; o quilo da carne do tatu pode chegar a R$ 70, segundo moradores; a do mocó varia entre R$ 10 e R$ 20

A sua pior crise financeira, o Parque Nacional a Serra da Capivara, no Piauí, está ameaçado pela caça ilegal. As pinturas rupestres de 10 mil anos atrás já retratavam a caça de veados, capivaras, onças, emas e tatus pelos homens pré-históricos e, atualmente, a carne de tatus, mocós (um roedor local) e aves como o jacu é apreciada por muitos moradores, especialmente os de comunidades mais isoladas; os caçadores revendem a carne no mercado negro; o quilo da carne do tatu pode chegar a R$ 70, segundo moradores; a do mocó varia entre R$ 10 e R$ 20 (Foto: Leonardo Lucena)
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Piauí 247 - A sua pior crise financeira, o Parque Nacional a Serra da Capivara, no Piauí, está ameaçado pela caça ilegal. As pinturas rupestres de 10 mil anos atrás já retratavam a caça de veados, capivaras, onças, emas e tatus pelos homens pré-históricos e, atualmente, a carne de tatus, mocós (um roedor local) e aves como o jacu é apreciada por muitos moradores, especialmente os de comunidades mais isoladas.

Os caçadores revendem a carne no mercado negro. O quilo da carne do tatu pode chegar a R$ 70, segundo moradores ouvidos pela Folha. A do mocó varia entre R$ 10 e R$ 20. O parque é o local preferido para a caça. Por conta da preservação, ele reúne uma enorme quantidade de animais, muitos ameaçados de extinção.

“Eles vêm à noite e colocam as armadilhas. De dia, passam para recolher a caça”, diz o guia Carlos Roberto Siqueira de Sousa, 44, ex-funcionário do parque. A armadilha preferida é chamada de “espingardinha”, uma arapuca feita com um cano de ferro apontado para baixo. Ao passar debaixo dela, o animal é atingido na nuca, com pólvora.

 ICMBio (Instituto Chico Mendes), responsável pela gestão do parque, e a Polícia Rodoviária Federal fazem operações contra a caça ilegal de tempos em tempos,  e campanhas de conscientização da população local.

Mas a preocupação dos ambientalistas é que o parque fique sem dinheiro suficiente para combater a caça ilegal e proteger a reserva. “Se o parque fechar, vai virar casa de caçadores”, diz a funcionária Maria de Jesus Conceição Pereira, 41, que atua nas guaritas do parque.

O governador do Piauí, Wellington Dias, teve, nessa terça-feira (23), em Brasília, com o Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho. Foi firmado uma parceria entre Governo do Estado e União para gerenciar e financiar as atividades do parque. Até o final do ano, cerca de R$ 900 mil serão aplicados de maneira emergencial (leia mais aqui)

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