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Cachoeira intermediou contato de Demóstenes com banco de paraíso fiscal

Contraventor apresentou ao senador representante brasileira de instituio em Liechtenstein. 'Ela vende fundos de previdncia estrangeiros e pe o seu dinheiro l fora, explicou o aliado do bicheiro

Cachoeira intermediou contato de Demóstenes com banco de paraíso fiscal (Foto: Folhapress)

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247 – No ano passado, o senador Demóstenes Torres pareceu interessado em fazer remessas de dinheiro a um banco em Liechtenstein, conhecido paraíso fiscal europeu. Em conversas gravadas pela PF, Carlinhos Cachoeira aparece como o intermediário do contato com uma representante brasileira da instituição.

Leia na matéria de Roberto Maltchik, do Globo:

BRASÍLIA - Gravações feitas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo revelam que o contraventor Carlinhos Cachoeira intermediou contato do senador Demóstenes Torres com uma representante de um banco em Liechtenstein, conhecido paraíso fiscal europeu. Os contatos entre o grupo de Cachoeira, o senador e a mulher, apontada como executiva da instituição financeira, ocorreram entre junho e agosto de 2011. A agente, identificada como brasileira nascida em Anápolis, seria conselheira financeira de artistas famosos no Brasil e no exterior. O grupo cita até mesmo a popstar inglesa Lady Gaga como uma de suas supostas clientes.

Cachoeira busca saber de Gleyb Ferreira da Cruz, integrante da organização, o que descobriu sobre a mulher.

— É 150 anos de banco. É o que ela representa. (...) Algumas das boas fortunas do mundo estão nesse banco — diz Gleyb.

De posse das informações, Cachoeira telefona para Demóstenes, no dia seguinte:

— Eu quero te apresentar uma pessoa, que é anapolina. Que o Gleyb trouxe e é do principal banco lá de um principado dentro da Suíça. Ela é a segunda pessoa do banco e ela tá aqui no Brasil — diz Cachoeira.

— Maravilha. E cadê ela? — pergunta Demóstenes.

— Às quatro e pouquinho ela vai tá aqui. Aí, eu vou dar um pulo aí — conclui Cachoeira.

Segundo as interceptações telefônicas, a agente financeira, identificada no inquérito como Deise, teria sido apresentada por um terceiro. Esse contato venderia fundos de previdência estrangeiros e “põe o seu dinheiro lá fora”, explica o aliado do contraventor. Em 16 de agosto, a própria agente aparece em conversas telefônicas com Gleyb.

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