HOME > Geral

Caiado adere à "chapa da vingança", critica Aguimar

Candidato ao Senado pelo PSB-Rede critica falta de programa da composição entre Iris e Caiado, que reúne antigos e novos desafetos do grupo que está no poder em Goiás "apenas para partilhar cargos e privilégios no Estado"; procurador federal, Aguimar detona a aliança entre adversários que se engalfinham historicamente pelo menos desde 1982; e questiona: “Caiado sempre se colocou como reserva moral, pessoa de posicionamento imutável; sempre atacou duramente o atual aliado pelos escândalos da Astrográfica e da Caixego – para ficar em apenas dois exemplos. E Iris, recentemente, declarou que não mudou. Foi Caiado que se transformou?”

Candidato ao Senado pelo PSB-Rede critica falta de programa da composição entre Iris e Caiado, que reúne antigos e novos desafetos do grupo que está no poder em Goiás "apenas para partilhar cargos e privilégios no Estado"; procurador federal, Aguimar detona a aliança entre adversários que se engalfinham historicamente pelo menos desde 1982; e questiona: “Caiado sempre se colocou como reserva moral, pessoa de posicionamento imutável; sempre atacou duramente o atual aliado pelos escândalos da Astrográfica e da Caixego – para ficar em apenas dois exemplos. E Iris, recentemente, declarou que não mudou. Foi Caiado que se transformou?” (Foto: Realle Palazzo-Martini)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Goiás247 - O procurador federal Aguimar Jesuíno da Silva, candidato ao Senado pelo PSB-Rede, criticou nesta terça-feira (24) o que classificou como “coligação da vingança”, referindo à aliança entre o ex-governador Iris Rezende (PMDB) e o líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Ronaldo Caiado (DEM), desafetos históricos em Goiás. “É uma composição motivada única e exclusivamente pelo descontentamento com a partilha do Estado. Não há divergência programática com a força que governa Goiás atualmente”, dispara. 

Aguimar, porta-voz da Rede Sustentabilidade de Marina Silva em Goiás e adversário direto de Caiado na disputa senatorial, questiona a falta de uma plataforma na coligação, que integra, alem de Iris na disputa pelo governo, o deputado federal Armando Vergílio (SDD), na vice. Segundo o procurador, o programa da coligação governista (17 partidos), que deve ser encabeçada pelo atual governador Marconi Perillo (PSDB) na disputa da reeleição, é “manter cargos e privilégios”. O do agrupamento irista é a “coligação da vingança, para que, se concretizada sua chegada ao poder, apenas apropriar-se dos mesmos cargos e privilégios”.

Aguimar argumenta que a aliança Iris-Caiado reúne adversários que se engalfinham abertamente pelo menos desde 1982 e, antes disso, remonta as disputas pelo poder entre a Arena e PSD, origens, respectivamente, de Caiado e de Iris. “Caiado sempre se colocou como reserva moral, pessoa de posicionamento imutável; sempre atacou duramente o atual aliado pelos escândalos da Astrográfica e da Caixego – para ficar em apenas dois exemplos. E Iris, recentemente, declarou que não mudou. Então foi Caiado que se transformou?” questiona.

Para Aguimar, seria muito mais honesto com o discurso apregoado que o líder democrata encampasse uma disputa solitária, já que “sempre criticou” as forças hegemônicas em Goiás dos últimos 32 anos. “Mas não. Uniu-se a antigos e novos desafeto do atual governo para se vingar, não para construir.”

Pecuarista na região de Iporá (GO), Aguimar critica duramente a atuação do adversário democrata no campo ruralista. Segundo ele, Caiado fomenta e estimula a briga entre ambientalistas e produtores rurais com o claro objetivo de tirar proveito eleitoral. Para o procurador, diferente da dissensão, faz-se necessária uma união entre fazendeiros e preservacionistas por um objetivo maior que é salvar o planeta. “Precisamos de uma ampla mobilização social em prol de uma agricultura e pecuária sustentáveis, que produza e respeite o meio ambiente, pressionando o governo a conceder incentivos financeiros e tributários aos proprietários rurais que se comprometam a preservar os recursos hídricos, a vegetação nativa e os recursos naturais. O proprietário rural não pode pagar a conta sozinho, até mesmo porque a maior emissão de CO² vem das indústrias e do uso de combustíveis fósseis”, defende.

Plataforma

Integrante da chapa do empresário Vanderlan Cardoso (PSB), que ainda não tem vice definido, Aguimar Jesuíno diz que, ao contrário de seu agrupamento, não viu seus adversários formularem proposta para a escalada da violência e para a crise de energia no Estado, segundo ele problemas graves que assolam a sociedade goiana atualmente. “Nossa coligação, com poucos e pequenos partidos, está há oito meses debatendo com a população e elaborando o programa de governo. Vamos enfrentar e resolver os problemas”, assegura.

Aguimar se diz espantado com a insegurança em Goiás. Para ele, é inadmissível que em 14 anos a violência tenha crescido 268,3%, subindo de 16,50 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes em 1999 para 44,27 mortes para o mesmo grupo em 2012. “Os índices e as páginas do noticiário policial demonstram a ausência do Estado na segurança pública”.

Procurador da Advocacia Geral da União (AGU) desde 1992, atuando no momento no Núcleo de Ações Prioritárias da Procuradoria Federal no Estado de Goiás com a atribuição de propor ações de improbidade administrativa e ações regressivas, Aguimar esteve recentemente em Uruaçu e, segundo ele, pode constatar a ausência do poder público no combate à criminalidade. Ele afirma que os empresários da cidade, reunidos na associação comercial e industrial local, adquiriram 60 câmeras de alta resolução e se propõem a despender recursos próprios para a instalação e o monitoramento das praças comerciais. “Mas a Polícia Militar não quer operar o sistema alegando falta de recursos humanos”, denuncia.

O procurador, natural de Iporá, tem 54 anos, é casado e tem três filhos. Iniciou a militância política em 1979, com seu ingresso no curso de Direito da Universidade Federal de Goiàs (UFG) – instituição pela qual se graduou – e passagem pela presidência do Centro Acadêmico XI de Maio (Caxim). É especialista em Direito Agrário e Direito Civil e possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Atuante na militância classista, foi conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Goiás (OAB-GO) entre os anos de 1995 e 1997, período em que exerceu o cargo de secretário-geral da ordem. Entre os anos de 1991 e 1993, assumiu as funções de vice-presidente e diretor Jurídico do Instituto Goiano de Direito do Trabalho (IGT). Também prestou serviços de assessoria jurídica no SindiGoiânia, no SindPúblico e no Stiueg.

Segundo sua plataforma, a educação deverá ter prioridade sobre as demais ações de governo. “Um povo culto, educado, não é um povo violento”, advoga, indicando que a criminalidade é reflexo do pouco investimento em escolas.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: