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“Caixa Econômica” francesa alerta Brasil para investimento

Isabelle Laudier, do Institut Caisse des Dpts pour la Recherche, dizque o desafio do banco pblico de investimento francs continuar a investir a longo prazo, mesmo com as demandas geradas pela crise da dvida

“Caixa Econômica” francesa alerta Brasil para investimento (Foto: Saulo Rolim/Divulgação)
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Evam Sena_247, em Brasília – Representantes de bancos públicos de investimento franceses e brasileiros discutiram nesta semana, no 2º Colóquio Internacional Investimento, Poupança e Moeda, a importância do investimento a longo prazo para a manutenção do crescimento da economia dos dois países.

A representante do Institut Caisse des Dépôts pour la Recherche, Isabelle Laudier, afirmou que o desafio do banco público de investimento francês é continuar a investir em longo prazo, mesmo com as demandas geradas pela crise da dívida. A Caisse des Dépôts é o correspondente da Caixa Econômica Federal (CEF) brasileira e tem 200 anos.

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Segundo Isabelle, os bancos privados estão fragilizados com a crise e diminuem sua capacidade de investimento. Por isso, o governo francês elaborou uma nova regulamentação para incentivar as instituições financeiras a migrar do financiamento de curto prazo para o de longo prazo. “O desafio consiste menos em incentivar a poupança complementar e mais em migrá-la ao longo prazo”, disse.

O colóquio teve a presença do secretário-geral da Caisse de Dépôt et de Gestion do Marrocos, Said Laftit, que contou a experiência de financiamento a longo prazo em seu país. A “Caixa” do Marrocos foi criada em 1959, dois anos depois da independência. Os fundos da instituição são o patrimônio líquido, o fundo do correio marroquino, consignados e fundos de aposentadoria.

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Segundo Laftit, o setor imobiliário é a fonte principal de recursos do banco, que também financia pequenas e médias empresas e investe na construção de hidroelétricas e usinas nucleares e em ações.

O presidente da FUNCEF (Fundação dos Economiários Federais), Carlos Alberto Caser, ao falar da experiência dos fundos de pensão brasileiros no investimento a longo prazo, diz que os fundos de pensão têm papel ainda incipiente pelo potencial que têm. Entre os entraves, ele afirma que os maiores fundos de pensão do Brasil estão intimamente ligados ao Estado e que não há crescimento no número de integrantes, embora haja aumento no total de recursos.

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Segundo Cases, os participantes têm resistência em investir a longo prazo, talvez por uma cultura brasileira de medo de alta inflação e de necessidade de liquidez. De todos os fundos de pensão, 59% são aplicados em renda fixa, investimento de curto prazo.

O gerente de Pesquisa e Acompanhamento Econômico do BNDES, André Santanna, alertou para a necessidade de o Brasil investir mais em construção e infraestrutura, áreas que têm menos grau de produtividade. “Nosso investimento é extremamente concentrado em máquinas e equipamentos, que têm grau de produtividade maior”, afirmou.

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Para o vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais da Caixa, Márcio Percival, o principal entrave para o investimento de longo prazo no Brasil é a resistência dos entes privados. “Isso está no DNA do capitalismo brasileiro, de industrialização tardia. Não temos condições de responder à demanda se a iniciativa privada não entrar no processo”, disse Percival, ressaltando medidas governamentais para incentivar investimentos de longo prazo por instituições privadas.

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