Câmara aprova registro de contas eleitorais reprovadas
Numa votação relâmpago, deputados de todos os partidos aprovam projeto de lei que permite aos políticos se candidatarem mesmo com a chamada “conta-suja”. A regra pode não valer este ano
247 – A Câmara aprovou nesta terça-feira um projeto de lei que permite aos políticos receberem o registro de suas candidaturas mesmo quando tiverem contas eleitorais reprovadas. O texto tem que ser aprovado pelo Senado para virar lei. Alguns parlamentares acreditam que a regra não pode valer este ano. Segundo estimativas Tribunal Superior Eleitoral, 21 mil candidatos podem ficar impedidos de concorrer se prevalecer a atual resolução.
Leia na matéria do Globo:
BRASÍLIA - Numa votação relâmpago, e de surpresa, pois não estava prevista na pauta original do dia, a Câmara aprovou nesta terça-feira, com apoio de todos os partidos, projeto que permite aos políticos receberem o registro de suas candidaturas mesmo quando tiverem contas eleitorais desaprovadas — a chamada “conta-suja”. A aprovação da proposta foi apresentada pelos próprios deputados, nos bastidores, como uma forma de pressionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a rever resolução aprovada este ano que impede a concessão do registro de candidaturas para aqueles que tiveram prestações de contas de campanhas eleitorais anteriores reprovadas. Ministros do próprio TSE já admitiam, reservadamente, esse recuo. O projeto 3839/2012, do deputado Roberto Balestra (PP-GO) — aprovado com voto contrário apenas do PSOL — determina que a certidão de quitação eleitoral será dada aos candidatos que apresentarem à Justiça Eleitoral a prestação de contas da campanha anterior, conforme determina a lei, “ainda que as contas sejam desaprovadas”.
O projeto tem que ser aprovado pelo Senado para virar lei. E ainda que aprovada pelos senadores antes do prazo final de concessão de registro de candidaturas — início de julho — há dúvidas quanto sua aplicação nas eleições deste ano, por causa do princípio da anualidade. Nesta terça-feira mesmo, durante a rápida sessão de votação na Câmara, alguns parlamentares e assessores técnicos diziam que a regra não pode valer este ano.
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